Opinião

Opinião - José Richard


25/07/2024 - Edição 2208

São inaceitáveis os transtornos e prejuízos provocados pela constante falta de luz na Ilha do Governador. Tudo começou a partir do dia 12 de janeiro deste ano. É inacreditável que nesses últimos sete meses a Light ainda não tenha detectado os reais problemas que precisam ser resolvidos por sua confessada inércia de investimentos. 

Afinal, lá em janeiro, a empresa explicou que aquele apagão aconteceu por falta de manutenção nas suas redes de alta tensão que distribuem energia para a Ilha do Governador.  Esperava-se uma gigantesca mobilização da empresa em busca de recuperar o tempo perdido e, em cada etapa das obras, a luz fosse estabilizando. Afinal a Ilha tem quase 300 mil habitantes, milhares de empresas e um aeroporto internacional. 

No domingo, dia 14 deste mês de julho, um novo apagão geral deixou novamente todo mundo sem luz, gerado transtornos para quem tinha programação de lazer de fim de semana e sobretudo novos prejuízos para restaurantes, shopping lojas em geral. Um caos! 

Pois, desde o dia 14, até a quinta (25), todos os dias tem faltado luz. Todos os dias e em quase todos os bairros da região. Tipo rodízio alternado de manobras que queimam aparelhos elétricos e eletrônicos, causando absurdos prejuízos a moradores e empresas. E ninguém aguenta mais! 

Lembro que em fevereiro a Light planejou instalar uma verdadeira usina de geradores na praça atrás do Ilha Plaza. medida pensada, provavelmente, para garantir a estabilidade na distribuição de energia. Mas os equipamentos não chegaram a ser instalados e, em seguida, os geradores das ruas foram removidos, provocando a sensação de que a Light tinha a situação do fornecimento sob controle.  

Mas não! Nessa semana os geradores voltaram às ruas, em maior número, e a falta de energia voltou a ser constante e imprevisível. Até o fechamento desta edição é impossível saber quando na situação volta ao normal. Verdadeiramente, acho que a Light trabalha no escuro, faz e desfaz e a cada dia perde mais a confiança dos insulanos, cujos prejuízos e transtornos estão nas nuvens. Mas as contas chegam em dia!