Opinião

Opinião - José Richard

Falta integração entre o Aeroporto Tom Jobim e a população da Ilha


Por José Richard

26/07/2019 - Edição 1947

O morador da Ilha passa ao lado do complexo aeroviário e não o reconhece como parte da Ilha
O morador da Ilha passa ao lado do complexo aeroviário e não o reconhece como parte da Ilha

O Aeroporto Internacional Tom Jobim, há algum tempo já sob a gestão da RioGaleão, está se modernizando e busca oferecer a mesma intensidade de serviços dos grandes aeroportos do planeta. Recentemente a área gastronômica lançou promoção para atrair clientes insulanos através de desconto no estacionamento, e agora, uma empresa internacional criou espaços no aeroporto onde casais de outras cidades possam celebrar o casamento junto com amigos. A ideia é criativa e deve motivar a participação de noivos de todo Brasil que buscam motivos para conhecer a cidade do Rio de Janeiro.

Falta ao aeroporto uma maior integração com a comunidade da Ilha do Governador. É muito pouco o que a RioGaleão faz para conquistar a população da região onde o aeroporto ocupa quase a metade do território. O morador da Ilha passa ao lado do complexo aeroviário e não o reconhece como parte da Ilha. O barulho dos aviões, que incomoda, sobretudo ao amanhecer, faz parte da rotina não desejada, mas entendida, sem revoltas. Mas a RioGaleão deveria buscar apoio na população.

A linha de ônibus que transporta os moradores da Ilha que trabalham no aeroporto ainda deixam os funcionários no antigo Terminal 1, muito longe dos seus empregos. A turma que pega cedo, precisa correr longa distância para não chegar atrasado. É uma maldade que precisa ser resolvida.

A Ilha tem orgulho do seu aeroporto. É aqui na nossa região, um dos principais portões de entrada dos visitantes de outros países. Portanto, é incompreensível manter distância do povo insulano, principalmente pela importância e grandiosidade dos espaços ocupados e a complexidade das operações de aeronaves gigantescas que passam diariamente sobre as nossas cabeças. Uma pena que eles ainda não estejam no mesmo barco com a gente.