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Ilha ultrapassa 3 mil casos da Covid-19

Especialistas advertem que ainda não é hora de relaxar e uso de máscara é importante


16/10/2020 - Edição 2011

Um dos principais hospitais da região, o Evandro Freire tem atividade normal e leitos para pacientes com Covid
Um dos principais hospitais da região, o Evandro Freire tem atividade normal e leitos para pacientes com Covid

A Ilha do Governador ultrapassou a marca de três mil casos oficialmente confirmados do novo coronavírus na região. Nos últimos quinze dias houve um aumento de 243 casos da doença. No entanto, o cenário é animador se levar em conta que no momento há oferta de leitos de enfermaria e UTI nos hospitais da região. No mesmo período, a Ilha registrou mais nove mortes por Covid-19 chegando a 374 óbitos confirmados desde o início da pandemia.

Se comparado o período dos últimos quinze dias com o final de agosto e início de setembro, houve um aumento acentuado em alguns bairros da região, como a Portuguesa, que chegou a 337 novos casos, Jardim Carioca, 379 e Tauá, 306. Esta situação ainda requer atenção e o mais importante, segundo os especialistas, é redobrar os cuidados, principalmente a questão das aglomerações e o uso de máscaras. É preciso que o vírus encontre barreiras a fim de evitar o seu crescimento exponencial nos respectivos bairros.

Um outro problema que tem gerado grandes debates entre médicos e especialistas é quanto a durabilidade de um sintoma e possíveis sequelas para pessoas que já contraíram o vírus. O que já se sabe é que a partir do 14º dia, a pessoa que contraiu a Covid-19 já não transmite mais o vírus. Entretanto, nos últimos meses, aumentou o número de relatos de pessoas que tiveram contato com o vírus e os sintomas da doença persistem, mesmo que leves. É o caso da insulana Juliana Teixeirão, de 35 anos, moradora do Jardim Guanabara. Após ter testado positivo há um mês e meio, ela ainda não conseguiu recuperar totalmente o olfato e o paladar, atingidos pela infecção.

— Estamos falando de uma doença nova e que não há amostras e estudos científicos que comprovem determinadas teses. O que se sabe é que os sintomas em cada pessoa são diferentes em virtude do metabolismo e a forma em que o corpo cria anticorpos de combate ao vírus. É uma situação totalmente atípica, dizem especialistas, mas o importante manter contato com o médico para que o paciente seja monitorado de perto, mesmo não tendo mais risco de contaminar outras pessoas — afirma o médico Matheus Nobre.