Opinião – José Richard

Muitos leitores enviam para a nossa página Boca no Trombone suas críticas e desconfortos a rotina da vida na Ilha. Entre os mais citados são problemas de trânsito, cuja falta de obediências às leis do trânsito incomoda todo mundo. A questão dos carros estacionados em fila dupla na hora de entrada e saída dos alunos da maioria das escolas da região é uma delas. E é tema complicado. Acho que os pais motoristas que levam e buscam os filhos não dão bom exemplo para os próprios filhos. E conseguem complicar a vida dos outros motoristas criando engarrafamentos e desconforto para todos. 

É o caso também dos motoristas insensatos que estacionam o veículo com as quatro rodas sobre as calçadas obrigando os pedestres a ter que desviar pelo meio da rua, correndo riscos desnecessários de serem atropelados. Tem motorista que bloqueia de tal forma a calçada que o carro se torna um verdadeiro muro. E agem sem constrangimento. 

Pior quando alguns outros motoristas estacionam fechando o acesso à garagem de alguém sem achar que está impedindo outros de ir trabalhar ou entrar em casa depois do trabalho para abraçar a família. Antes disso, a pessoa precisa buscar paciência para encontrar o motorista que estacionou o carro, e que quando chega age cheio de razão. Tem gente complicada que parece dono de tudo. 

Complicados também esses estacionamentos na Estrada do Galeão, perto do Assaí e ao lado do Hortifruti, cujas vagas cobram caro e não oferecem tempo de tolerância - entrou pagou – mesmo que, por exemplo, um doente seja conduzido como passageiro de táxi ou aplicativo para facilitar o acesso em um consultório médico. Não há exceção. Enquanto isso sobram vagas nesses dois estacionamentos e muitos motoristas ficam dando voltas sem ter lugar para estacionar. Preço justo e tolerância é o que se pede. 

A paciência dos leitores no trânsito tem limites. A coluna Boca do Trombone revela o quanto as pessoas se incomodam com a falta de cidadania de alguns. Precisamos melhorar!