Opinião

Opinião - José Richard


16/08/2024 - Edição 2211

O aproveitamento do transporte de passageiros e cargas pela Baía de Guanabara é um dos temas que necessariamente deveria estar na agenda da campanha eleitoral, cuja propaganda começou hoje. 

A operação conjunta do sistema de transporte público precisa ser reorganizada urgente para conectar as questões de mobilidade urbana, priorizando um bom planejamento para facilitar a vida dos moradores que se deslocam diariamente entre os 14 bairros da Ilha do Governador e destinos diferentes como bancos, padarias escolas e o trabalho, entre outros, com shopping e clubes.  

Além disso, estudos precisam determinar obrigações para o funcionamento excelente do transporte marítimo feito pelas barcas que ligam a estação do Cocotá com a Praça XV no Centro da cidade. Esse o principal problema que os insulanos enfrentam nos deslocamentos para fora da Ilha do Governador, por absoluto desprezo e irresponsabilidade da concessionária CCR Barcas, cujo compromisso com a sociedade insulana é desrespeitoso ao oferecer apenas três viagens diárias pela manhã e outras três de volta. Isso apenas de segunda a sexta-feira, e em horários que apenas atendem aos interesses da companhia.  

Como o transporte marítimo hoje é de responsabilidade do poder estadual em virtude de atender duas cidades – Rio e Niterói –, a administração é centralizada numa única concessionária que não funciona bem. É inadiável colocar como meta no panejamento municipal a implantação de um sistema de concessão, integrando por barcas e ônibus para distribuir passageiros por todos os bairros da região insulana. 

É, portanto, oportuno o debate sobre o assunto durante essa campanha eleitoral para discutir a criação de um setor na prefeitura para viabilizar o transporte marítimo entre diversos bairros do Rio que ficam no entorno da Baía de Guanabara. É preciso construir estações na Ilha do Fundão, Centro, Rodoviária, Aeroporto Santos Dumont, Botafogo, além de modernizar as existentes no Cocotá e Paquetá, e reabrir o píer da Ribeira, local onde sempre funcionou bem e deixou muitas saudades pelo movimento cultural e gastronômico que promovia a cada chegada de barca, sobretudo à noite. Vamos colocar na pauta?