Opinião

Opinião - José Richard


06/05/2022 - Edição 2092

As ruas, praças e todos os espaços públicos da Ilha do Governador, mesmo que de maneira simbólica, pertencem a todos nós moradores da região, cuja população atinge atualmente quase 300 mil habitantes. E destaco sempre a importância dessa quantidade de gente, pelo fato que colocaria a Ilha como uma das principais regiões – se fosse um município.  

Dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, nossa Ilha estaria entre os 15 com mais habitantes, e certamente teria destaque econômico pelas receitas de impostos que gera. 

Portanto, é importante saber que, embora os equipamentos urbanos não nos pertençam individualmente, são para uso ou contemplação de todos, como também é, principalmente, nossa a responsabilidade cuidar deles e ajudar a preservá-los.  

Entretanto, a iluminação e limpeza das vias públicas, além das redes de esgotos e águas pluviais, entre outros serviços, cuja responsabilidade é exclusiva dos órgãos públicos, nos cabe o direito e dever de exigir que funcionem bem.  E, caso sejamos omissos nessa fiscalização e cobrança estaremos sendo cúmplices da omissão, inércia ou incompetência daqueles cuja obrigação é prestar serviços e cuidar bem da população. Sim, cuidar com muita dedicação das áreas públicas e proteger aos moradores 

A representação da Ilha do Governador é grande, estratégica e incontrolável. Atualmente a quantidade de problemas que aflige os moradores, de modo geral – mas sobretudo os mais pobres – têm causas diferentes e necessidades primárias urgentes a resolver, como, por exemplo, o esgoto à céu aberto que escorre nos becos das comunidades.  

A situação de inércia foi piorada pela pandemia que se arrastou por cerca de dois anos, e agora requer que as autoridades atuem com mais velocidade, focadas nas críticas e reclamações de quem sofre com os problemas, e passem a atuar para o conjunto da sociedade e não para os interesses de privilegiados absurdamente beneficiados.