Opinião

Opinião - José Richard


07/07/2023 - Edição 2153

Quando em 2021 a pista do Aeroporto Internacional do Galeão - Tom Jobim, foi utilizada como espaço para a realização de uma corrida de carros, etapa do campeonato da Stock Car, imaginei que poderia ser o início de um período de aceleração do abandono de um dos maiores complexos aeroviários da América do Sul. Não foi uma boa propaganda. 

Embora com o Terminal 1 mutilado, o Galeão é grande demais para ter sofrido aquele desgaste na sua importância aeroviária com o uso da pista de pouso e decolagem para um evento cuja utilização do espaço poderia ter causado estragos sérios à pista. Ainda bem que a insensatez não se repetiu mais. 

Agora, com a perspectiva de revitalização do aeroporto, programada para os próximos meses, a certeza é de que o Galeão vai voltar a operar intensamente superando as estimativas mais otimistas. Ou seja, com a grandeza operacional potencializada nas duas pistas que suportam movimentação intensa de aeronaves de qualquer porte, e um espaço interno para atender mais de 30 milhões de passageiros por ano, o processo de recuperação será um sucesso. 

A retomada dos voos que foram deslocados para o aeroporto Santos Dumont já significa o resgate mínimo do status anterior. Mas isso é pouco para a grandeza operacional do Galeão. Mas também é importante não permitir nenhum outro movimento que facilite nova perda de voos, cargas e dos serviços de apoio aeroviário.  

É preciso buscar novos destinos e ser também destino de voos de todas as cidades importantes do planeta. A porta de entrada do Brasil sempre foi o Rio de Janeiro. E resgatar essa condição natural torna o Galeão novamente um verdadeiro polo de mobilização de passageiros e negócios. 

Ocupar e dar movimento ao espaço do Terminal 1 para os serviços de embarque e apoio logístico de serviços é outro ponto a ser considerado nesta operação bem sucedida e que vai beneficiar a economia da cidade e principalmente da Ilha do Governador.