Opinião

Opinião - José Richard


23/06/2023 - Edição 2151

A Ilha do Governador por suas características especiais e diferentes das demais regiões da cidade, com apenas uma via de entrada e saída, deveria ter protocolos de procedimentos públicos para eventuais acontecimentos diante de algum fato grave fora da rotina. 

É que na Ilha estão instalados, além de um dos maiores complexos aeroviários do Brasil, grandes empresas como Shell, Cosan, Moove, entre outras, cujas atividades desenvolvem serviços que mobilizam milhares de pessoas para a fabricação de produtos derivados de petróleo que são transportados diariamente por centenas de caminhões que circulam inclusive por ruas residenciais da região. 

Além disso, diversas unidades da Marinha e da Aeronáutica ocupam vastas áreas que, se por um lado são muito positivas, protegendo a região da especulação imobiliária e preservam matas, proporcionando importante contribuição para o meio ambiente. Por outro lado, geram preocupação pela existência de depósitos de munições e de combustíveis. Há cerca de 28 anos uma forte explosão na Ilha do Boqueirão, ocupada pela Marinha, deixou 60 feridos e causou pânico e prejuízos aos moradores e comerciantes, principalmente nos bairros da Freguesia e Bananal. 

Quanto a existência do aeroporto do Galeão em nossas terras – fato que é também um orgulho para todos nós insulanos –, é uma área de atenção sensível devido ao movimento de aviões e grandes reservatórios de combustíveis. 

Com cerca de 32km² e cerca de 260 mil habitantes, a Ilha é uma região relativamente pequena, mas possui um potencial de desenvolvimento muito grande devido a sua localização no meio da Baía de Guanabara e a presença de diversas atividades importantes que ajudam no desenvolvimento econômico, expansão de empregos e melhoria da qualidade de vida da população.  

Entretanto, é necessário a elaboração e distribuição à população e empresas de um plano público preventivo de ações com informações básicas de como agir no caso de eventualidades. Que nunca vão acontecer.