Opinião

Opinião - José Richard


06/04/2023 - Edição 2140

Nesta semana algumas revelações sobre o sufoco nas operações do Santos Dumont dão conta dos limites daquele aeroporto que já não suporta tantos voos e gera um crescimento de atrasos incomum. Enquanto isso o Galeão vive às moscas. Reflexo do desdobramento natural da falta de decisões urgentes e sintonizadas que estão tumultuando o setor da aviação da cidade. Cidade e Ilha do Governador que precisam do Galeão funcionando a todo vapor, dividindo de modo inteligente as operações com o Santos Dumont. A economia e desenvolvimento do Rio passam pelos nossos aeroportos. 

A pior decisão é aquela que não foi tomada. Alguns dizem que não tomar uma decisão já seria uma decisão. Acho isso péssimo! 

A indecisão e a demora para decidir atrapalha e atrasa planos e projetos. É assim tanto nas atividades pessoais como nas coletivas, sobretudo nas empresas ou atividades de risco cujo funcionamento dependem das decisões de cada minuto.  E decisões corretas são importantes, principalmente durante situações de crises ou turbulências.] 

Imagine quantas decisões são exigidas dos pilotos de aviões durante pousos em noite de tempestade quando ventos fortes e raios provocam visibilidade zero e muita, muita turbulência. São necessárias decisões rápidas e corretas para encontrar a pista, fazer o pouso e salvar os passageiros e tripulação. Além da sua própria pele. 

A falta de velocidade nas decisões sobre o resgate das plenas operações no Aeroporto Tom Jobim é um desses casos onde se arrastam prejuízos inaceitáveis. Parece um vácuo onde nada de concreto vai pra frente.  A protelação, falta de clareza e sobretudo interesses divergentes entre todos os protagonistas, está gerando grandes prejuízos à aviação, passageiros e aos próprios governos indecisos.

O desenvolvimento da Ilha do Governador está sofrendo sérias consequências com essas indecisões inconcebíveis.