Opinião

Opinião - José Richard


24/03/2023 - Edição 2138

A diminuição do lixo boiando é importante, pois além contribuir para a despoluição das águas e dar mais segurança na navegabilidade - sobretudo às pequenas embarcações -, melhora também a limpeza das areias das praias na orla da Ilha do Governador e das demais praias banhadas pelas águas da Baía. 

São milhares de toneladas diárias de lixo carregadas através dos canais do Mangue e do Cunha, além dos trazidos pelos rios e arroios cujas nascentes estão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Magé, São Gonçalo e Niterói, cujos detritos são despejados direto na Baía de Guanabara, poluindo as praias pela ação natural das correntes marítimas e do vento. 

Infelizmente as medidas para diminuir a poluição ainda são obsoletas ou muito pequenas, e caminhamos para o nada na questão da contaminação e da ameaça à saúde da população. Atualmente, comemorar o Dia da Água não passa de uma mera lembrança sobre o compromisso que a população, e principalmente as autoridades, deveriam ter com ações mais firmes e permanentes. 

É inaceitável só contemplar nosso mar sem agir. É preciso sublinhar os problemas, sobretudo a questão dessa imensidão de água que nos cerca e encararmos nosso mar como um privilégio da natureza, cuja obrigação natural – de todos nós – é preservar e tratá-lo com muito cuidado.