Opinião

Opinião - José Richard


27/05/2022 - Edição 2095

Sobre a importância de uma maternidade pública na Ilha do Governador a opinião pública tem se manifestado positivamente sempre que o assunto é colocado em discussão. E concordo plenamente considerando que cidades com muito menos habitantes do que a nossa região possuem maternidade. 

O sistema para substituir esse importante espaço de saúde é falho na medida que a gestante em serviço de parto precisa ser transportada para uma unidade fora da região, possibilitando riscos em decorrência dos constantes congestionamentos na cidade. Anos atrás, quando a maternidade funcionava no Hospital Municipal Paulino Werneck as gestantes tinham um espaço especial e eram bem atendidas, embora o hospital tivesse como principal foco as urgências e emergências dos casos que aconteciam na Ilha. 

A dedicação das equipes médicas e dos profissionais de saúde faziam do velho Paulino o centro das atenções quando o problema de saúde pública era necessário para atender acidentados e os insulanos que passavam mal. Mas era na maternidade onde nasciam os insulanos da gema e todos que tiveram esse privilégio contam com orgulho as suas origens. 

Hoje com o moderno Hospital Evandro Freire que substituiu o Paulino Werneck nos casos de saúde pública a atenção aos insulanos continua bem e poucas são as reclamações da população, principalmente por conta dos esforços dos profissionais de saúde que atuam naquela unidade. Mas o Evandro não tem a maternidade que nos faz falta e que pode voltar a funcionar no Paulino, como prometeram e não cumpriram, para decepção dos insulanos.  

Tenho certeza que a maternidade vai voltar a funcionar lá no antigo Paulino Werneck cujo prédio já tem cerca de 85 anos e é um patrimônio da nossa história com espaço suficiente para receber os nascimentos. Quem ouve o clamor da população entende que se trata de uma unidade de saúde importante para garantir a centralização dos serviços de apoio às gestantes e a eficiência na logística de atendimento.