Greve no Degase gera tensão na Ilha

Agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Estado do Rio, o Degase, entraram em greve na meia noite de terça (5), reivindicando principalmente aumento salarial e a liberação para porte de arma. Diante da situação, detentos do Centro de Socioeducação Gelso de Carvalho Amaral (Cense-GCA), no Galeão, provocaram uma rebelião durante a madrugada de segunda (4) para terça e de terça para quarta.

De acordo com relato de funcionários do órgão, os jovens arrebentaram a porta de uma cela e invadiram uma galeria da unidade de socioeducação. Mesmo com a ação dos detentos, nenhum menor fugiu e o motim foi controlado. Agentes da unidade dizem que sofrem ameaças constate e precisam de mais proteção.

— Muitos de nós moramos em comunidades e sofremos ameaças dos menores e familiares. Precisamos ter nossas reivindicações atendidas para melhorar nossa situação, somos apenas dez agentes por dia para atender 350 internos. Estamos na frente da unidade esperando alguma medida — disse um agente em greve que não quis se identificar.

O Sindicato dos agentes do Degase decidiu manter a greve mesmo após o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel ter garantido duas das quatro reivindicações da categoria – foi publicado no Diário Oficial de terça o decreto que libera o porte de armas e o que regulamenta o pagamento de horas extras através do RAS.

Segundo o Sind-Degase, uma das principais demandas é a progressão funcional dos agentes e a greve vai continuar enquanto esta medida não for atendida. Outra reivindicação é o concurso público para preenchimento dos cargos vagos.

Em nota, o Degase informou que, mesmo com a greve, garante manter os serviços essenciais na unidade, como: saúde, alimentação, visitação e apresentação em audiência mediante a ordem judicial.