Opinião

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O verão chegou a as altas temperaturas em conjunção com as férias escolares devem lotar as praias da Ilha do Governador. Entretanto médicos dermatologistas insulanos alertam sobre os perigos de banhos em praias cuja desconfiança é grande sobre os índices de poluição e que podem afetar a saúde de quem, por descuido, ingere um gole ou tem algum machucado não cicatrizado no corpo.


21/12/2018 - Edição 1916

O verão chegou a as altas temperaturas em conjunção com as férias escolares devem lotar as praias da Ilha do Governador.  Entretanto médicos dermatologistas insulanos alertam sobre os perigos de banhos em praias cuja desconfiança é grande sobre os índices de poluição e que podem afetar a saúde de quem, por descuido, ingere um gole ou tem algum machucado não cicatrizado no corpo.   A Praia da Bica, a mais frequentada, aparentemente não possui mais as línguas negras que derramavam esgotos pela areia. Há alguns anos, uma elevatória foi construída logo depois do Restaurante Farol da Ilha, e direciona o esgoto para a Estação de Tratamento do Tauá. Foi um avanço. Na Praia da Freguesia depois das obras na orla, uma rede subterrânea nova também direciona esgotos para a ETE-Tauá, embora, as vezes um volume maior de esgotos ainda seja desviado para as areias por um extravasor. Entretanto, em diversas outras praias da Ilha, com grande movimento de banhistas os esgotos ainda são despejados em natura na beira da praia.    Isso acontece na Praia da Bandeira, Ribeira e Engenhoca, entre outras. Esta última, nos dias de calor principalmente, é frequentada por uma multidão que admira a beleza do lugar e a calmaria das águas, mas não percebe ou não é advertida sobre os problemas que o banho ali pode provocar na saúde. O caso mais sério e grave é na Praia Belo Jardim, no Galeão, cujo esgoto ainda corre pelas areias e as águas são muito contaminadas. Um banho por ali é um ato de loucura.   Além da poluição química gerada pelo despejo irresponsável de dejetos por empresas localizadas a beira dos rios que chegam à Baia de Guanabara muitas outras que funcionam no entorno contribuem para piorar a situação. A convivência com a poluição química invisível talvez nos faça pensar que o perigo da poluição orgânica seja menor, o que é um grande engano. É importante que as autoridades do meio ambiente coloquem placas explicando os perigos do banho em algumas das nossas praias. Urgente!