Opinião

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20/07/2018 - Edição 1894

A população da Ilha do Governador praticamente dobrou nos últimos 40 anos e hoje deve chegar perto dos 300 mil habitantes, quantidade de população que supera 95% dos 5.570 cidades brasileiras. Se pelo número de habitantes a Ilha poderia ser um município, sob o aspecto de arrecadação financeira muito mais. Todavia, ninguém quer perder o status de ser carioca e torce para que a cidade do Rio de Janeiro prospere em todas as regiões. Principalmente na Ilha.   Se por um lado a população aumentou, os problemas de quatro décadas atrás persistem e ficaram piores. É o caso do sistema de transporte e da poluição das praias. O caos frequente para sair da Ilha pela manhã incomoda pela lentidão e perda de tempo. A única saída pela Estrada do Galeão indica que o problema poderá piorar diante do aumento de veículos nas ruas. Além disso, ônibus velhos, que enguiçam a toda hora e a desordem que vans e kombis provocam nas ruas, trava o trânsito e irrita os motoristas.   Quanto à poluição na Baía de Guanabara não encontro sinais de nenhuma melhora na qualidade das águas. Enquanto os governos passam, absolutamente nenhum projeto de despoluição foi avante. As praias continuam sendo depósito de lixo flutuando, além de todo tipo de mobiliário que a população joga na baía e nos rios que desaguam nela. A Comlurb retira pelo menos 5 toneladas de lixo das areias diariamente. Se não existisse o movimento das marés e do oceano que troca a água suja da baía, a Ilha do Governador, hoje, seria cercada por uma grande latrina de esgotos orgânicos e químicos.   A prosperidade humana se mede pela melhoria da qualidade de vida. O sistema de transporte urbano e a poluição das águas são questões que precisam de ações que podem começar pela própria população, colocando o lixo no lixo e não jogando na baía os móveis velhos de casa.