Opinião

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06/04/2018 - Edição 1879

Na semana passada o bate-boca, entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Alberto Barroso, do Supremo Tribunal de Justiça (STF) foi transmitido pela televisão e repercutiu mal em todas as camadas da sociedade brasileira, confirmando, de modo lamentável, a falta de estatura de alguns membros da mais alta corte de justiça do Brasil.   Todos sabemos que o colegiado do STF é constituído por juristas indicados pelo presidente da república, cuja escolha, entretanto, pode as vezes não ser a melhor nem contemplar os mais competentes.    Uma vez empossados, os ministros se transformam em figuras engraçadas que fazem gestos caricatos de reis embevecidos pelo poder e usuários de ideias ininteligíveis. Desconfio que na maioria das vezes não esclarecem nada e escondem a verdade para proteger interesses. Quando flagrados pelas imagens das televisões ostentam olhares vaidosos, mas se apequenam diante do julgamento da população e deixam perplexos e frustrados os cidadãos brasileiros que tinham grandes expectativas e orgulho de um STF que possivelmente era melhor quando não tinha o espaço midiático de hoje.   As atitudes e palavras de alguns desses ministros não servem de exemplo para alunos do primeiro ano do ensino básico. É uma vergonha! Estou decepcionado. Sempre olhei com respeito e admiração para esses magistrados que ocupam os tribunais superiores. Mas hoje não vejo mais motivo para manter o mesmo olhar de fascinação. Poucos são aqueles que ainda demonstram postura e capacidade para continuar ocupando esse alto posto da justiça. Não confio mais neles e acho que a maioria do atual conjunto de ministros peca pela absoluta falta de humildade. O Brasil só continua funcionado, porque felizmente também tem gente muito boa entre eles, e nos bastidores, que seguram a barra.