Opinião

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12/05/2017 - Edição 1832

Nestes tempos difíceis de pavor e crimes por toda cidade é aconselhável tomar muito cuidado nas ruas e orar a Deus para interceder pela segurança do povo carioca. Não existem perspectivas e prazos para que o cenário se modifique. Nem os profissionais de segurança mais otimistas enxergam quando será possível novamente andar com segurança em nossa cidade maravilhosa.   As organizações policiais encontram a cada dia maiores dificuldades para combater o crime que agora está literalmente nas ruas. As cenas exibidas pela imprensa revelam uma grandiosidade de acontecimentos criminosos e atos de selvageria só comparados com os vividos atualmente pelos países em guerra, cuja quantidade de mortes quase nos igualamos.   A covardia dos criminosos atingiu níveis inimagináveis contra vítimas indefesas e desprotegidas. Na Ilha, há cerca de 40 anos atrás, quando foi criado o 17º Batalhão de Policia Militar, instalado no Zumbi, a tropa de agentes era de 1.100 homens enquanto a população atingia pouco mais de 100 mil pessoas.   Atualmente a população da Ilha do Governador aumentou para quase 300 mil habitantes, enquanto o número de policiais militares do nosso batalhão de polícia militar diminuiu para cerca de 300 policiais. Explica-se com esses números o aumento da criminalidade na região e, provavelmente em toda cidade, admitindo que o mesmo descompasso aconteceu nas outras regiões do estado.   Se, há quatro décadas havia na Ilha, um policial para cada grupo de 100 habitantes, hoje só existe um PM para cada grupo de 1 mil pessoas. É gigantesca a diferença e, pelo andar das políticas públicas de segurança, absolutamente nada foi planejado para mudar essa realidade, cujas vítimas são principalmente os cidadão honestos e trabalhadores. É uma tragédia cujas vítimas somos todos nós que vivemos absolutamente desprotegidos.