Opinião

Opinião - José Richard

Nesta semana, dois acidentes, na pista de saída da Ilha, envolvendo motocicletas e carros, além de uma blitz, por causa de um assalto, causaram sérios transtornos na vida dos insulanos. O problema não é novo, e é improvável que deixe de acontecer outras vezes, pela lei das probabilidades, em uma via de intenso trânsito principalmente no fluxo de saída na parte da manhã, como é a Estrada do Galeão.


13/04/2017 - Edição 1828

Nesta semana, dois acidentes, na pista de saída da Ilha, envolvendo motocicletas e carros, além de uma blitz, por causa de um assalto, causaram sérios transtornos na vida dos insulanos. O problema não é novo, e é improvável que deixe de acontecer outras vezes, pela lei das probabilidades, em uma via de intenso trânsito principalmente no fluxo de saída na parte da manhã, como é a Estrada do Galeão. Manter unidades de socorro, reboques e agentes de trânsito de plantão diariamente poderia diminuir o tempo que a população fica presa nos engarrafamentos por acidentes, mas não resolveria quando, por questões de segurança, a polícia realiza blitz.  A redução de veículos na Estrada do Galeão, nos horários de maior movimento, poderia ser viabilizada com a alternativa do uso das barcas se esse transporte fosse confiável e tivesse horários para verdadeiramente atender a demanda de milhares de pessoas encurraladas dentro da Ilha todas as manhãs e a multidão de trabalhadores que retorna à noite. Todavia, com o governo estadual quebrado e a concessionária responsável pelo transporte marítimo na Baía de Guanabara desinteressada em promover melhorias no sistema, inclusive, já tendo manifestado reiteradas vezes que quer abandonar o negócio, as chances da alternativa do uso de barcas para desafogar o trânsito na Ilha praticamente inexiste, o que é um grande absurdo. Enquanto políticas públicas sérias não desenvolverem nosso sistema de mobilidade urbana com o uso de embarcações, o insulano estará refém da fluidez do trânsito na Estrada do Galeão.