Opinião

Opinião

Continua sendo difícil entender porque as autoridades complicam tanto o sistema de transporte de passageiros da Ilha que é um caso diferente do restante da cidade. Pela virtude de ser uma Ilha, nossa região oferece alternativas diferentes e melhores. Qual morador da cidade não gostaria de ter à sua disposição o transporte marítimo como uma possibilidade para se deslocar.


16/12/2016 - Edição 1811

Continua sendo difícil entender porque as autoridades complicam tanto o sistema de transporte de passageiros da Ilha que é um caso diferente do restante da cidade. Pela virtude de ser uma Ilha, nossa região oferece alternativas diferentes e melhores. Qual morador da cidade não gostaria de ter à sua disposição o transporte marítimo como uma possibilidade para se deslocar. Viajar de barco não tem problemas de trânsito, sinais e congestionamentos. Além disso, é prazeroso e relaxante. Até na questão dos assaltos fica complicado para o ladrão que não tem para onde fugir.  O sistema público coletivo, que além da opção marítima, tem ônibus, BRT, vans e cabritinhos precisa evoluir e ter logísticas corretas para atender de modo eficiente os passageiros e ser levado a sério pela população. É preciso um plano articulado entre todos os modais de maneira que a população tenha verdadeiramente a possibilidade de usar um bilhete único em cabritinhos, vans, ônibus e barcas. A tecnologia oferece essa possibilidade cuja implantação deveria ser prioridade para verdadeiramente acreditarmos que os governos existem para servir, de fato, à população. Em outros países, o bilhete funciona e é respeitado. Mas por aqui não é assim e nada acontece com os infratores.  Penso que o correto deveria ser punir com rigor essas vans que, por exemplo, costumam não aceitar o cartão de um cidadão idoso. O sistema deveria imediatamente apreendê-la por absoluto desrespeito à lei, e os seus operadores indiciados por discriminação. Qualquer aplicativo simples de posse dos passageiros poderiam gerar a denúncia e acionar as autoridades.  Mas, o poder, os instrumentos, a lei, a ordem e a fiscalização estão à disposição de personagens públicas absolutamente omissas e contemplativas. Nada fazem para colocar as coisas em funcionamento.  Enquanto isso, a população, sobretudo os mais frágeis, continuam reféns dos incompetentes e cúmplices da desordem.