Opinião

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Uma das soluções para resolver o problema do transporte marítimo não é obviamente transferir para os ônibus essa tarefa. Além de contribuir para piorar, o já lento trânsito da Estrada do Galeão, a medida gera desconforto para os usuários cuja rotina de trabalho e compromissos foram planejados nos horários existentes.


04/11/2016 - Edição 1805

Uma das soluções para resolver o problema do transporte marítimo não é obviamente transferir para os ônibus essa tarefa. Além de contribuir para piorar, o já lento trânsito da Estrada do Galeão, a medida gera desconforto para os usuários cuja rotina de trabalho e compromissos foram planejados nos horários existentes. A concessionária CCR e o governo estadual não compreenderam que esse serviço é essencial para a Ilha do Governador, cuja população só possui a alternativa rodoviária pela ponte. Cercada de água, a região merecia mais comprometimento dos governos para melhorar o sistema de transporte marítimo, que se já era de péssima qualidade, agora ficou quase inexistente. O pior, é que a medida foi tomada repentinamente, sem nenhum aviso prévio, em uma demonstração de desprezo pelos insulanos e sem preocupação com os problemas que foram gerados às centenas de famílias e trabalhadores.  Há cerca de dois anos, um plano do governo pretendia fortalecer o sistema de transporte hidroviário, e incluía a compra de novas embarcações, em substituição às sexagenárias em operação. Até onde sei, o governo comprou, mas como não pagou, uma embarcação moderníssima está  enferrujando na baía. Diante desse panorama devastador, resta permitir que pequenas e médias embarcações possam realizar o serviço ampliando a oferta em diversos pontos da Ilha. Seria um estímulo para investimentos no setor e criaria muitos novos empregos. Basta as autoridades compreenderem que esse monopólio agoniza há décadas e que, abrir oportunidade desse serviço a novas empresas pode ser a solução.