Opinião

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O mau serviço de transporte de passageiros prestado pelas vans é recorrente e supera as barreiras do absurdo. O desrespeito às regras de trânsito e o descaso com a segurança dos passageiros coloca em risco quem anda pelas ruas a pé ou os outros veículos e pedestres.


22/01/2016 - Edição 1764

O mau serviço de transporte de passageiros prestado pelas vans é recorrente e supera as barreiras do absurdo. O desrespeito às regras de trânsito e o descaso com a segurança dos passageiros coloca em risco quem anda pelas ruas a pé ou os outros veículos e pedestres.   É “normal” vans circularem com portas abertas, ultrapassando o sinal fechado e até cortando caminho pelas calçadas quase atropelando pedestres. Não há limites para essa desordem que envergonha a Ilha e conta com a omissão ou conivência das autoridades que deveriam estar agindo intensamente na fiscalização.   O serviço das vans é essencial mas está uma bagunça. Idosos reclamam que a maioria não respeita a gratuidade ou simplesmente não deixam a turma da 3ª idade entrar. No jornal são inúmeros os casos de leitores que relatam o quanto são reféns das regras fora da lei impostas pelos motoristas e cobradores.   Em alguns pontos de ônibus, com grande quantidade de passageiros, o espaço é disputado na força pelos motoristas de vans. É “normal” eles se imporem como donos do pedaço, e estacionam seus veículos até completarem a lotação não importando a demora. Aos passageiros que reclamam da demora mandam sair ou ameaçam com palavrões.   Enquanto isso, os ônibus são obrigados a deixar seus passageiros no meio da rua gerando confusão no trânsito e colocando pessoas em risco de atropelamentos. Não é possível que esse fato seja considerado normal pelos agentes do trânsito cuja competência para gerar multas para motoristas particulares parece ser a mais eficiente do mundo.    É revoltante o caos do nosso sistema de mobilidade urbana onde a metade da frota de ônibus que serve a Ilha está em frangalhos, as barcas sexagenárias estão caindo aos pedaços, e a bagunça nas ruas, provocada pelas vans completa o cenário. joserichard.ilha@gmail.com