Opinião

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É inacreditável, mas o péssimo serviço que a população tem no transporte marítimo entre o Cocotá e a Praça 15, pode piorar muito ou até ser suspenso. Todos os passageiros reclamam de poucas barcas e horários insuficientes para ter um transporte confiável e que estimule alguém a utiliza-la. Quem usa as barcas não está satisfeito.


23/10/2015 - Edição 1751

É inacreditável, mas o péssimo serviço que a população tem no transporte marítimo entre o Cocotá e a Praça 15, pode piorar muito ou até ser suspenso. Todos os passageiros reclamam de poucas barcas e horários insuficientes para ter um transporte confiável e que estimule alguém a utiliza-la. Quem usa as barcas não está satisfeito.   Algumas embarcações, que fazem o trajeto entre a Ilha e o Centro, possuem mais de 60 anos e, além de velhas, navegam sujas e perigosamente. Há cerca de três meses uma delas bateu forte no píer do Cocotá e os passageiros tiveram que desembarcar entre as pedras. A CCR Barcas que possui a concessão nunca demonstrou a mínima vontade de melhorar os serviços e trata os passageiros como mercadorias.   Agora, a CCR quer devolver a concessão e cobrar uma indenização milionária do estado que já avisou que não tem dinheiro. Enquanto rola a discussão o serviço deve piorar mais na melhor das hipóteses. Suspeito que nas próximas semanas os passageiros sofram com mais desconforto, menos barcas e poucos horários. O risco de que seja suspenso o trajeto entre a Ilha e o Centro é iminente diante das circunstâncias. O Estado já considerou a hipótese de voltar no tempo e estatizar novamente o transporte marítimo na Baía de Guanabara, cujo modelo não deu certo antes.   Por enquanto, a alternativa de transporte marítimo pode se transformar em um pesadelo. A integração das barcas com outros meios de transporte fica por conta de um sonho irrealizável por absoluta falta de perspectivas e futuro. Então meu caro leitor, não se surpreenda se o serviço de barcas acabar.