Opinião

Opinião

A constatação de que existem dezenas de cabines de segurança instaladas em quase todos os bairros da Ilha gera a desconfiança de que a Ilha é um bairro que tenta se auto proteger. Quem pensa assim tem toda a razão, pois nenhuma dessas cabines foi instalada para decorar calçadas, ruas ou esquinas. Foram construídas pela absoluta necessidade dos moradores de tentar ter um pouco mais de segurança.


21/08/2015 - Edição 1742

A constatação de que existem dezenas de cabines de segurança instaladas em quase todos os bairros da Ilha gera a desconfiança de que a Ilha é um bairro que tenta se auto proteger. Quem pensa assim tem toda a razão, pois nenhuma dessas cabines foi instalada para decorar calçadas, ruas ou esquinas. Foram construídas pela absoluta necessidade dos moradores de tentar ter um pouco mais de segurança. Ocupada em atender as ocorrências de rotina, as poucas equipes da PM não tem condições operacionais para patrulhar todos os bairros e tapam o sol com a peneira, enquanto os criminosos agem, principalmente, em lugares desprotegidos de qualquer tipo de segurança. Esta a razão pela qual, a presença de seguranças particulares instalados em cabines e contratados por grupos de moradores é a solução que se disseminou para garantir um mínimo de segurança. Esses serviços, quando são operados por gente séria, geram a sensação de que estamos um pouco mais protegidos da ação dos bandidos. As cabines de cada rua acabam se transformando em pontos de referência do bairro e as vezes funcionam melhor, quando os homens da vigilância conhecem todos os moradores e monitoram os estranhos. Sob a responsabilidade da PM, atualmente só funcionam três cabines na região. Uma na entrada da Ilha, em frente à Base Aérea e outras duas no Moneró e Jardim Guanabara. Há cerca de vinte anos uma cabine foi inaugurada ao lado da biblioteca, mas em seguida a PM se desinteressou pelo projeto e as instalações foram cedidas à Famig, que a ocupa até hoje. As cabines, construídas por moradores e exploradas por seguranças particulares é uma necessidade diante da reduzida quantidade de policiais para proteger a população.