Opinião

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É fantástico o resultado que a Fundação Oswaldo Cruz obteve em Tubiacanga ao registrar apenas um caso de morador com sintomas da dengue no bairro durante o último verão. Para quem não lembra, em setembro do ano passado agentes daquela instituição, soltaram na comunidade cerca de 160 mil mosquitos Aedes Aegypti contaminados com a bactéria Wolbachia. As larvas resultantes do cruzamento com a espécie Aedes Aegypti produziu mosquitos da mesma espécie não portadores do vírus da dengue. Ou seja, segundo os técnicos da Oswaldo Cruz os mosquitos nascidos com essa bactéria não transmitem mais a doença, fato que comprova o sucesso da experiência que pode ser o início do fim desse pesadelo que tem provocado muito sofrimento e mortes.


10/04/2015 - Edição 1723

É fantástico o resultado que a Fundação Oswaldo Cruz obteve em Tubiacanga ao registrar apenas um caso de morador com sintomas da dengue no bairro durante o último verão. Para quem não lembra, em setembro do ano passado agentes daquela instituição, soltaram na comunidade cerca de 160 mil mosquitos Aedes Aegypti contaminados com a bactéria Wolbachia. As larvas resultantes do cruzamento com a espécie Aedes Aegypti produziu mosquitos da mesma espécie não portadores do vírus da dengue. Ou seja, segundo os técnicos da Oswaldo Cruz os mosquitos nascidos com essa bactéria não transmitem mais a doença, fato que comprova o sucesso da experiência que pode ser o início do fim desse pesadelo que tem provocado muito sofrimento e mortes.    A constatação do sucesso da experiência foi feita através da análise de mosquitos capturados recentemente em Tubiacanga, cuja população - que ficou desconfiada quando os agentes da Fundação Oswaldo Cruz soltaram milhares de mosquitos na região há cerca de seis meses –hoje tem motivos para comemorar. Atualmente mais de 70% dos mosquitos existentes em Tubiacanga são portadores da bactéria Wolbachia e a expectativa dos moradores é a eliminação absoluta dos riscos da dengue no bairro. Para os técnicos, os riscos ainda existem e a prevenção deve continuar com a recomendação de manter os locais sem acúmulo de água limpa.   Historicamente os moradores de Tubiacanga eram as maiores vítimas da dengue, na Ilha. Dezenas de casos relatados todos os anos, inclusive da dengue tipo hemorrágica. O sucesso da experiência na Ilha deve motivar as autoridades a expandir o projeto pelo Brasil, sobretudo nas regiões onde a dengue hemorrágica causa mais vítimas. A notícia é excelente e os cientistas brasileiros merecem o reconhecimento de todos nós.  joserichard@uol.com.br