Opinião

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Nada é mais impressionante para quem não conhece a Ilha do Governador do que saber sobre as suas potencialidades econômicas e a quantidade de habitantes da região. Aliás, poucos percebem que a Ilha é diferente e especial. Diferente, obviamente porque é cercada de água por todos os lados — portanto não faz divisa com outras regiões ou bairros do Rio de Janeiro —, e tem metade do seu território quase totalmente ocupado por unidades militares e o aeroporto Internacional Tom Jobim. E, especial porque geograficamente é uma região estratégica para projetos da indústria naval e expansão das atividades aeroportuária.


17/10/2014 - Edição 1698

Nada é mais impressionante para quem não conhece a Ilha do Governador do que saber sobre as suas potencialidades econômicas e a quantidade de habitantes da região. Aliás, poucos percebem que a Ilha é diferente e especial. Diferente, obviamente porque é cercada de água por todos os lados — portanto não faz divisa com outras regiões ou bairros do Rio de Janeiro —, e tem metade do seu território quase totalmente ocupado por unidades militares e o aeroporto Internacional Tom Jobim. E, especial porque geograficamente é uma região estratégica para projetos da indústria naval e expansão das atividades aeroportuária.    Embora a Ilha conte com cerca de 300 mil habitantes — quantidade maior do que 80% das cidades fluminenses —, não recebe a atenção proporcional a sua importância, isso sobretudo pela falta de representatividade política forte. Os problemas de mobilidade urbana são graves e as soluções se arrastam principalmente pela confusão provocada pelas kombis e vans irregulares e recentemente as frustrações com o BRT –   Transcarioca, cuja estação mais perto fica na Ilha do Fundão. Até agora a população está perplexa com a inexplicável mudança no projeto original da Transcarioca que excluiu a Estação Ilha do Governador, onde todos os ônibus da Ilha poderiam facilmente alimentar o BRT. É importante e urgente sensibilizar o Prefeito para a necessidade de voltar ao projeto inicial e construir a Estação do BRT na Ilha, ao lado do antigo posto de GNV, na Estrada do Galeão.   As transformações que preparam a cidade para o futuro contrastam com o marasmo e falta de interesse para aproveitar as potencialidades especiais e diferentes da Ilha. O tempo passa e a importância da região não é reconhecida dando razão aos que lamentam o abandono da região. joserichard@uol.com.br