Opinião

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A mobilidade dentro da Ilha do Governador tem sido assunto cujas opiniões convergem para uma avaliação muito ruim. Está difícil circular pelas nossas vias. O motivo é o aumento de veículos nas ruas e a tumultuada presença de kombis e vans que fazem o transporte alternativo. Outro elemento é a grande quantidade de caminhões com destino à Cosan e Shell, que atravessam a Ilha tornando a Estrada do Galeão mais lenta e as estreitas ruas da Ribeira perigosas para os moradores.


30/05/2014 - Edição 1678

A mobilidade dentro da Ilha do Governador tem sido assunto cujas opiniões convergem para uma avaliação muito ruim. Está difícil circular pelas nossas vias. O motivo é o aumento de veículos nas ruas e a tumultuada presença de kombis e vans que fazem o transporte alternativo. Outro elemento é a grande quantidade de caminhões com destino à Cosan e Shell, que atravessam a Ilha tornando a Estrada do Galeão mais lenta e as estreitas ruas da Ribeira perigosas para os moradores.   Quando o terminal de barcas foi transferido da Ribeira para o Cocotá, em 2006, a expectativa era valorizar o transporte marítimo levando muitas pessoas a utilizarem as barcas, fato que diminuiria a quantidade de carros e ônibus na Estrada do Galeão, pelo menos, durante o período da manhã e início da noite. Nesses períodos, o movimento é mais intenso e os congestionamentos uma rotina. Essa expectativa ainda não se tornou uma realidade principalmente por dois importantes fatores: o serviço de barcas é ruim, com horários inconfiáveis que não atendem à população. Outro aspecto é que nunca foram implantados os sistemas de ônibus circulares com sentidos inversos e destino principal ao terminal das barcas.    As soluções não são complexas para resolver a mobilidade na Ilha. Entre outras medidas é preciso regulamentar e fiscalizar o serviço das vans, que considero essencial como alimentador das vias principais onde circulam os ônibus. Também é necessário estabelecer horários para a carga e descarga nas grandes empresas da Ribeira, de modo a evitar que caminhões com cargas tóxicas disputem espaço nas ruas estreitas com outros veículos e até ônibus escolares. Na questão das barcas, acredito que os ônibus circulares e a criação de um bilhete único (van x ônibus x barca) seja solução para o transporte de milhares de pessoas ao Centro através de barcas cujos horários tenham intervalo de 30 minutos de segunda à sexta entre 6h e 23h. joserichard@uol.com.br