Opinião

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Enquanto a população de muitas regiões da cidade vive o clima de insegurança e medo devido aos constantes ataques às UPPs e os confrontos de bandidos com a polícia, que acabam em violentas manifestações, cuja loucura leva grupos inconsequentes a queimar ônibus e outros veículos, a Ilha do Governador é uma região privilegiada e calma. Não é que não tenhamos graves problemas para resolver na área de segurança, mas não temos medo de sair nas ruas para evitar uma bala perdida - graças a Deus -, vivemos em grau de instabilidade diferente e só lamentamos os fatos gravíssimos que assistimos pelas telas das TVs. Todos os dias agradecemos ao Todo Poderoso quando nós, e os nossos familiares, que trabalham fora, atravessam a ponte de volta.


02/05/2014 - Edição 1674

Enquanto a população de muitas regiões da cidade vive o clima de insegurança e medo devido aos constantes ataques às UPPs e os confrontos de bandidos com a polícia, que acabam em violentas manifestações, cuja loucura leva grupos inconsequentes a queimar ônibus e outros veículos, a Ilha do Governador é uma região privilegiada e calma. Não é que não tenhamos graves problemas para resolver na área de segurança, mas não temos medo de sair nas ruas para evitar uma bala perdida - graças a Deus -, vivemos em grau de instabilidade diferente e só lamentamos os fatos gravíssimos que assistimos pelas telas das TVs. Todos os dias agradecemos ao Todo Poderoso quando nós, e os nossos familiares, que trabalham fora, atravessam a ponte de volta.   Por pior que seja a injustiça cometida numa ação que resulte na morte de um inocente, o ato de colocar fogo nos ônibus que transportam trabalhadores das próprias comunidades é um tiro no pé e o modo menos eficiente para protestar porque atingem pessoas das próprias comunidades das vítimas. A energia perdida na indignação do calor das chamas é um insulto ao resto da população e não diminui o sofrimento das famílias e amigos das vítimas.    Precisamos estar atentos e cobrar de modo firme, das nossas autoridades policiais, ações que não permitam que as coisas piorem por aqui. É preocupante, por exemplo, a rotina da grande circulação de grupos em motos sem placas, que andam em alta velocidade perto das comunidades, gerando medo à população que observa preocupada. O fato é indício que a nossa polícia está tolerante e, com essa omissão pode provocar, involuntariamente, a ocupação das nossas ruas pela marginalidade. joserichard@uol.com.br