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Polícia prende donos de quiosques e de restaurante na Praia da Bica

Operação policial e da vigilância sanitária encontrou alimentos impróprios para uso


10/05/2019 - Edição 1936

As irregularidades em alguns quiosques motivaram as denúncias dos moradores
As irregularidades em alguns quiosques motivaram as denúncias dos moradores
Após diversas denúncias de moradores que reclamam do som alto até de madrugada, produzido por quiosques instalados na Praia da Bica e de cadeiras e mesas colocadas nas areias e na calçada, impedindo a passagem de pedestres, a 37ª Delegacia Policial realizou operação na madrugada da quinta (9), na orla da praia. Segundo o Delegado titular da 37ª DP, William Pena, a Operação Combo, como foi intitulada, foi realizada em parceria com a Vigilância Sanitária e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.   Durante a ação foi realizada inspeção sanitária e verificação de documentos para eventos de música nos estabelecimentos denunciados. A polícia informou que foram presos em flagrante, o dono do Restaurante Rei do Bacalhau, um dos sócios do quiosque Zero Oito Beach Club e o proprietário do quiosque Kabana do Alemão.   — A prisão deles se deu pela venda de alimentos impróprios ao consumo, fato considerado crime contra as relações de consumo (Lei 8137/90). Os estabelecimentos foram autuados e multados pela Vigilância Sanitária, além de intimados a cumprir diversas exigências. Houve interdição parcial de outros quiosques em razão da ausência de autorização para eventos de música. A polícia agiu com foco nos estabelecimentos mais denunciados pela população — disse o delegado.   Na última reunião do Conselho de Segurança da Ilha, diversos moradores reclamaram com as autoridades, que no Dia do Trabalho não conseguiram dormir pelo som alto que se estendeu até às 3h da madrugada. Uma moradora, que não quis se identificar, se sentiu aliviada com a ação policial e espera que de agora em diante o restaurante e os quiosques sigam as leis.   — Nós não queremos acabar com a diversão de ninguém, simplesmente queremos que as leis sejam cumpridas. Tenho dois filhos pequenos que não conseguem dormir, porque a música alta não permite, além dos palavrões que são ouvidos.    William informou ainda, que enviará documento ao Corpo de Bombeiros solicitando vistoria completa nos locais. Na operação os quiosques Sem Frescura e Altas Horas, foram parcialmente interditados pela falta de alvará para música ao vivo.   Os presos pagaram fiança e irão responder em liberdade. O crime tem pena de 2 a 5 anos de detenção. O delegado pediu que a população continue denunciando aos órgãos públicos quaisquer irregularidades nos estabelecimentos.