A empresa Moove, localizada no bairro da Ribeira, é alvo de críticas de alguns moradores, cuja preocupação é o grande fluxo de caminhões na área residencial, prejudicando o asfalto das ruas, além do risco de acidentes com as pesadas carretas que transportam produtos químicos e combustíveis.
A Moove, antes conhecida por Cosan, é uma das maiores do mundo na área química e de derivados de petróleo, e opera na Ilha do Governador há mais de um século. Antes atuava apenas com lubrificantes e produtos químicos, mas segundo os moradores, há algum tempo a empresa começou a distribuir óleo diesel, produto inflamável que despertou a preocupação de quem mora na região. O aposentado Antony Souza, 72, mora próximo a empresa e reclamou do aumento do fluxo de caminhões na região.
- Moro aqui há 30 anos e nos últimos tempos o vai e vem desses caminhões tem nos incomodado muito. Atualmente são carretas e mais carretas que passam por esta região residencial, cujas ruas não tem preparo para receber essa grande demanda de caminhões. A casa treme, se a gente está dormindo leva um susto, sem contar as manobras perigosas para entrar na rua. Deveria haver um limite nesse transporte e uma maior fiscalização.
Diversos trechos do asfalto no trajeto dos caminhões até a fábrica da Moove estão prejudicados pelo fluxo e peso dos caminhões. O risco de acidente em área urbana de um caminhão com óleo diesel também preocupa os moradores por ser um líquido inflamável e combate difícil.
O Corpo de Bombeiros por meio, de sua assessoria de imprensa, disse que a corporação dispõe de recursos materiais e humanos capazes de atender de maneira eficiente a ocorrências de magnitude. Além disso, destaca que os militares do quartel do 19º GBM, que atende a região, conhecem as dependências da Moove, o que agiliza a mobilidade em uma eventual ação de combate a incêndios. A nota dos bombeiros diz ainda que a empresa possui todos os dispositivos contra incêndio exigidos pela legislação vigente.
Procurada para se manifestar sobre as reclamações dos moradores, a Moove preferiu não informar quantos caminhões, diariamente, entram e saem da fábrica, nem a quantidade de diesel que é transportado, mas garantiu que a maior quantidade é de óleos lubrificantes. A empresa também informou que todas as operações realizadas possuem os licenciamentos dos órgãos ambientais, da Agência Nacional de Petróleo e da Agência Nacional de Transporte Rodoviário, além de obedecer as normas de segurança. A nota destaca que nunca, em seus 100 anos de atividades, houve algum acidente com caminhões da empresa.