Notícias

Atraso dos recursos do SUS coloca em risco pacientes de hemodiálise

A Clínica Prodoctor, empresa de saúde conveniada ao Serviço Único de Saúde (SUS), especializada em tratamento de hemodiálise que atualmente atende cerca de 180 pessoas, está prestes a fechar as portas. O motivo alegado pelos gestores da clínica, os médicos Silvio Pinto e Cássia Vieira é que a empresa não recebe as verbas que deveriam ser repassadas pelo governo desde novembro.


04/03/2016 - Edição 1770

Tânia Bastos ouviu os argumentos de Ruan Carlos e a médica Cássia Vieira
Tânia Bastos ouviu os argumentos de Ruan Carlos e a médica Cássia Vieira
A Clínica Prodoctor, empresa de saúde conveniada ao Serviço Único de Saúde (SUS), especializada em tratamento de hemodiálise que atualmente atende cerca de 180 pessoas, está prestes a fechar as portas. O motivo alegado pelos gestores da clínica, os médicos Silvio Pinto e Cássia Vieira é que a empresa não recebe as verbas que deveriam ser repassadas pelo governo desde novembro.   De acordo com o advogado da clínica, Ruan Carlos, a falta do dinheiro está acarretando inúmeros problemas, inclusive a possibilidade da suspensão dos serviços.   — Os sócios mantiveram a clínica funcionando nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, mas a situação chegou a um ponto insustentável sem o dinheiro do SUS. Estamos com atraso no pagamento dos funcionários, prestadores de serviço e fornecedores e, lamentavelmente, nossa condição de atender os pacientes com dignidade e qualidade chegou ao fim — explicou o advogado.   Preocupada com a situação dos pacientes que precisam dos serviços a vereadora Tânia Bastos esteve na clínica na segunda (29), onde se reuniu com os gestores e o jurídico da empresa.     — Realmente a clínica passa por um momento complicado para continuar suas atividades. Liguei para o Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz e ele me garantiu que até sexta-feira (4) o município vai fazer o depósito da verba destinada a Prodoctor. Questionei o secretário sobre a falta de medicamentos importantes para o atendimento dos pacientes e ele marcou uma reunião com os administradores da clínica para sanar esse problema —  disse Tânia.    Renato Mendonça, morador do Parque Royal é paciente renal e necessita fazer hemodiálise três vezes por semana. Mendonça diz que não sabe qual solução vai buscar para seu tratamento caso a clínica suspenda os serviços.   — Sou aposentado por invalidez e o que ganho mal dá para o meu sustento. Não tenho como financiar um tratamento particular e tenho medo de que a doença avance. Estou pedindo a Deus que tudo dê certo e que possamos cuidar da saúde — declarou o aposentado. A vereadora Tânia Bastos disse que vai acompanhar o caso até que esta situação seja normalizada.