Depois de quase um mês fechada, a Lona Cultural Renato Russo, localizada no Aterro do Cocotá reabriu e voltou com suas atividades culturais. As instalações agora são administradas pelo Instituto Usina Social (IUS), uma organização não governamental, com certificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A nova administração iniciou um novo projeto de gestão e pretende priorizar a restauração da estrutura física da Lona, que não estaria em boas condições, para a acomodação dos grupos culturais que atuam na Ilha.
27/11/2015 - Edição 1756
Depois de quase um mês fechada, a Lona Cultural Renato Russo, localizada no Aterro do Cocotá reabriu e voltou com suas atividades culturais. As instalações agora são administradas pelo Instituto Usina Social (IUS), uma organização não governamental, com certificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A nova administração iniciou um novo projeto de gestão e pretende priorizar a restauração da estrutura física da Lona, que não estaria em boas condições, para a acomodação dos grupos culturais que atuam na Ilha.
Em nota a assessoria de comunicação da Lona, informou que a Lona foi repassada em péssimo estado de conservação. “A situação é tão precária que o interior da Lona está interditado para reformas”, disse Patrícia Dantas, assessora de imprensa.
Os grupos ligados à cultura da Ilha estão contentes com a possibilidade de retornarem à Lona e acreditam que a nova gestão está engajada em fazer daquele espaço um novo polo cultural. A gestora da oficina de percussão “Batucar com Batuke de Batom”, Cátia Coelho, disse que está aliviada em ter de volta o espaço para dar continuidade aos trabalhos de sua oficina, sobretudo em consideração às crianças que fazem atividades com o grupo.
— Não paramos com a oficina de percussão em nenhum momento. Ficamos do lado de fora. Mas, quando chovia, éramos obrigados a dispensar os alunos e isso me entristecia muito. Mas nunca perdi a esperança que tudo se resolveria e agora estamos aí de novo. Eu costumo dizer que a persistência é o caminho do êxito e nós persistimos. Agora tudo vai dar certo — disse Cátia.
Outras representações culturais também manifestaram apoio ao novo grupo gestor da Lona, como o teatrólogo Johnny Lima, a escola de samba Nação Insulana, o grupo de capoeira do mestre Popay, o bloco do Rock e o movimento Soul Pixta.
Segundo George Lopes, novo gestor da Lona, a idéia é revitalizar o espaço e estimular talentos locais.
— Iremos aperfeiçoar as oficinas já existentes até o final do ano, além de ampliar as opções de cursos e possibilidades da Lona. Vamos colocar oficinas de teatro, cinema, instrumentos, e danças. Nosso objetivo é que sempre ao final dos cursos os alunos se apresentem para o público e assim novos talentos insulanos possam ser revelados e conhecidos — disse George, ressaltando que a Lona é um espaço que está aberto a qualquer forma de expressão cultural. “Convido todo e qualquer artista insulano a estar conosco neste novo momento que vive a Lona”, concluiu.