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Comlurb exagera e acaba com árvores

Árvores jovens e centenárias estão sendo decepadas em dezenas de ruas da Ilha, fato que muda drasticamente a paisagem da região. Essenciais à vida de modo geral, por sua capacidade de renovar o oxigênio através da fotossíntese, além de colaborar efetivamente na redução da poluição do ar, sobretudo em face da queima de combustíveis dos veículos automotores e das indústrias, as árvores da Ilha, dia a dia vão sendo ceifadas. Esses atos revoltam boa parte da população.


13/11/2015 - Edição 1754

Podas imprudentes deixam as ruas quase sem vida como na Praia da Guanabara
Podas imprudentes deixam as ruas quase sem vida como na Praia da Guanabara
Árvores jovens e centenárias estão sendo decepadas em dezenas de ruas da Ilha, fato que muda drasticamente a paisagem da região. Essenciais à vida de modo geral, por sua capacidade de renovar o oxigênio através da fotossíntese, além de colaborar efetivamente na redução da poluição do ar, sobretudo em face da queima de combustíveis dos veículos automotores e das indústrias, as árvores da Ilha, dia a dia vão sendo ceifadas. Esses atos revoltam boa parte da população. De acordo com o ambientalista insulano Sérgio Ricardo, essas podas são assassinas.   — Eu e um grupo de moradores da região denunciamos ao Ministério Público (MP) o que vem ocorrendo com relação ao corte das árvores da Ilha. O MP notificou a prefeitura, mas parece que não adiantou, então. Então, vamos mais uma vez procurar o MP para que uma solução seja de fato dada acerca deste assunto aqui na Ilha do Governador — disse o ambientalista, ressaltando que quando se perde uma árvore, perde-se também qualidade de vida. “As árvores evitam o que os ambientalistas chamam de “Ilhas de Calor” - fenômenos microclimáticos favoráveis ao aumento da temperatura e têm ligação direta sobre o aumento da mortalidade de idosos, doentes mentais ou de mobilidade”, explica o ambientalista. A moradora do Cocotá, Esmeralda Azevedo está perplexa com o que vem acontecendo com as árvores na região. — Eu moro na Rua Náutica e lá já cortaram quatro árvores em um período de seis meses. Inicialmente a Comlurb vem e corta a árvore deixando um pedaço de tronco de cerca de 1 metro e meio e depois de mais ou menos 15 dias voltam e arrancam o que restou — contou a moradora indignada.   Segundo Anderson Vieira, gerente de áreas verdes da Comlurb, responsável por toda parte de vegetação da Zona Norte, as árvores que estão sendo cortadas na Ilha estão em condições de risco. “Essas árvores geralmente estão destruindo imóveis ou oferecendo risco de queda. Sempre que vamos cortar uma árvore recebemos um laudo de engenheiros florestais cedidos pela Fundação Parques e Jardins”, disse Vieira. A Fundação Parques e Jardins se pronunciou através de sua assessoria de imprensa dizendo que desde 2008 não trata de assuntos relacionados à poda de árvores e que a responsabilidade é exclusiva da Comlurb.