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Moradores de rua estão agressivos

Um grupo cada vez maior de moradores de rua e usuários de drogas ocupam as ruas da Ilha há alguns meses. Muitos deles dormem pelas calçadas durante o dia, nas portas de instituições bancárias, no caminho dos transeuntes, em passarelas e sob as marquises de estabelecimentos comerciais. É deprimente. Muitas pessoas tem medo e outras até querem ajudar. Mas a preocupação com as atitudes agressivas de alguns preocupa a todos.


30/10/2015 - Edição 1752

Desabrigado dorme no calçadão da Portuguesa
Desabrigado dorme no calçadão da Portuguesa
Um grupo cada vez maior de moradores de rua e usuários de drogas ocupam as ruas da Ilha há alguns meses. Muitos deles dormem pelas calçadas durante o dia, nas portas de instituições bancárias, no caminho dos transeuntes, em passarelas e sob as marquises de estabelecimentos comerciais. É deprimente. Muitas pessoas tem medo e outras até querem ajudar. Mas a preocupação com as atitudes agressivas de alguns preocupa a todos.  Dois episódios de violência envolvendo esse grupo aconteceram recentemente. Na terça (27) Calos Roberto Motta, funcionário do Salão Ellit Cabeleireiros, que fica dentro da galeria do Hipermercado Extra, foi agredido com um soco no rosto ao negar dar dinheiro a um pedinte que transitava no interior da galeria. Na quarta (28) outro desabrigado, aparentemente drogado, dormia na entrada principal do Hipermercado e ao ser acordado por um funcionário da limpeza teve um surto e destruiu o banheiro masculino do mercado. O cabeleireiro João Gotardo, disse que está assustado com a presença destes indivíduos perambulando pela galeria do Extra. — Aqui não temos segurança. Estas pessoas se drogam e querem nos intimidar pedindo dinheiro. Se não atendemos, nos agridem. Um absurdo um trabalhador ser agredido no ambiente de trabalho por gente que deveria estar sendo amparada pelos órgãos competentes — disse Gotardo. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) esclarece que não existe acolhimento compulsório. As abordagens sociais às pessoas em situação de rua são realizadas rotineiramente na região da Ilha. O trabalho é feito por equipes formadas por assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais, contudo a pessoa em situação de rua tem o livre arbítrio de aceitar ou não a oferta de inclusão na rede de proteção do município. Sem a sinalização de mudanças o problema deve persistir e se agravar, devido ao constante deslocamento de desabrigados de diversas regiões da cidade para o Stella Maris que acabam migrando para dentro da Ilha.