1ª Flig incentiva cultura na Ilha

Os primeiros dias da 1ª Feira Literária da Ilha do Governador (Flig), que começou dia 27, já relevam o sucesso do evento.  A movimentação do público e a presença de escritores consagraram a ideia de realizar a feira na Ilha e ao ar livre. O intercâmbio cultural está acontecendo, como era objetivo dos organizadores. A historiadora Cybelle de Ipanema falou na abertura da Flig e destacou a importância de sediar uma feira literária.  — Esse tipo de iniciativa é extremamente valiosa para desenvolver a cultura da região — disse Cybelle, sublinhando que este foi um marco e que a feira deveria fazer parte do calendário cultural da Ilha. Usou como exemplo a Festa Literária Internacional de Paraty, que a cada ano alcança mais público e participantes.  Entre as novidades da Flig está a obra do escritor insulano Cristiano Gonçalves cujo livro “O Sopro do Apocalipse I” é uma duologia que fala sobre uma sociedade secreta, utilizando os iluminatis como vilões. “Trata-se de um romance de ficção baseado em pesquisa real”, explicou Cristiano. De acordo com Pedro Santoro, um dos organizadores do evento, a primeira semana da Feira foi excelente e teve momentos encantadores, como a palestra, na quarta (30), do escritor Paulo Roberto Chaves, que lançou o livro “Artesia e Fotoesia”. O fato inusitado, é que o autor era analfabeto até os 52 anos. A barraca de livros infantis é a mais procurada, tanto por adultos como crianças. A dona de casa Thelma Maria disse que incentivar os filhos é obrigação. “Acho importante que as crianças leiam. Hoje em dia elas estão muito ligadas em jogos eletrônicos e coisas do gênero. Entendo que faz parte do mundo moderno, mas não podemos deixar que as gerações futuras percam contato com os livros”, disse Thelma. A Feira Literária vai até o dia 17 de outubro e está aberta ao público de segunda a sábado de 10h as 19h no calçadão da Estrada do Galeão, 2730, em frente ao Banco Itaú.