Depois de vinte dias da implantação do novo sistema de transporte alternativo realizado exclusivamente por vans é visível a melhora no trânsito da região. Com o objetivo de consolidar o transporte complementar fazendo a ligação entre os bairros, o sistema vai se ajustando, mas ainda gera polêmica e divide opiniões entre os usuários.
02/10/2015 - Edição 1748
Depois de vinte dias da implantação do novo sistema de transporte alternativo realizado exclusivamente por vans é visível a melhora no trânsito da região. Com o objetivo de consolidar o transporte complementar fazendo a ligação entre os bairros, o sistema vai se ajustando, mas ainda gera polêmica e divide opiniões entre os usuários.
O zelador Alessandro Araújo, 29, morador da Praia da Rosa, diz que a diminuição da quantidade de vans nas ruas tem aumentado o tempo de espera para apanhar a condução.
— Antes toda hora passava uma van ou Kombi, agora as vans tem horários certos e itinerários, com isso tenho demorado mais tempo para chegar ao trabalho e o mesmo acontece no regresso para casa — diz o zelador.
A diarista Theresinha Cabral, 51, reside nos Bancários e diz que com a falta de ônibus em seu bairro o transporte complementar é a melhor solução. “Vejo de maneira positiva o novo esquema criado pela prefeitura. Os motoristas estão mais cautelosos, agora aceitam RioCard e estão todos uniformizados. Entendo isso como evolução”, comentou Theresinha.
Entre os profissionais do transporte complementar as opiniões acerca do novo sistema é divergente. Arioswaldo Nunes é motorista de uma van que faz o trajeto Ribeira – Portuguesa e considera que o novo sistema elevou o padrão e melhorou a qualidade do serviço.
— Nossa região não tem ônibus suficiente para atender a demanda da população, com isso, o transporte complementar organizado oferece ao cidadão uma alternativa de mobilidade digna, sobretudo aos insulanos que necessitam ir de um bairro a outro dentro da Ilha — falou Nunes.
Já Alexander de Andrade que trabalha como cobrador diz que falta ajustar algumas rotas determinadas pela SMTR. “Estamos com rotas que não têm passageiros. E aí somos obrigados a sair do trajeto e fazer rotas que não estamos autorizados. Mas se não fizermos isso, não teremos a menor condição de sustentar nossas famílias”, comentou o cobrador.
A Coordenadoria de Transporte Complementar informou que tem feito monitoramento nas Vans via GPS e caso confirme que as rotas não estão sendo respeitadas, os infratores receberão multas e em caso de reincidência terão cassadas as concessões para trabalhar.