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Desabrigados preferem ficar nas ruas

A secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) realizou na quarta (2), em conjunto com funcionários da subprefeitura, Policiais Militares, agentes da Guarda Municipal e Comlurb mais uma ação de acolhimento de moradores de rua. Na a equipe da SMDS profissionais como assistentes sociais, psicólogos e educadores procuravam conscientizar os desabrigados e trazê-los de volta ao convívio com a sociedade, fora das ruas.


04/09/2015 - Edição 1744

Moradores de rua não aceitam ir para o abrigo Stella Maris, no Galeão
Moradores de rua não aceitam ir para o abrigo Stella Maris, no Galeão
A secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) realizou na quarta (2), em conjunto com funcionários da subprefeitura, Policiais Militares, agentes da Guarda Municipal e Comlurb mais uma ação de acolhimento de moradores de rua. Na a equipe da SMDS profissionais como assistentes sociais, psicólogos e educadores procuravam conscientizar os desabrigados e trazê-los de volta ao convívio com a sociedade, fora das ruas.   A atividade começou às 9h na Portuguesa e se estendeu para outros bairros da região. De acordo com Nelson Miraldi, subprefeito da Ilha, este trabalho é rotineiro e acontece também durante a noite. Dezenas de moradores de rua foram abordados e incentivados a iniciar uma nova vida no abrigo Stella Maris, no Galeão, mas, a maioria prefere ficar nas ruas onde dizem trabalhar.   Alexandre da Silva mora há dois meses sob a marquise do antigo Bob’s no calçadão da Portuguesa e disse que toma conta de carros naquela região.   — Já estive no Stella Maris e não gostei. Lá é complicado. Tem muita gente e o ambiente é pesado. Os abrigados estão sempre brigando, consumindo álcool e drogas. Aqui, debaixo da marquise, me sinto mais seguro e ainda arrumo meu dinheiro para almoçar e jantar — disse Alexandre que não aceitou ir para o abrigo.   A SMDS através de sua assessoria de imprensa explicou que o trabalho é planejado conforme mapeamento e necessidade identificada pela equipe da 4ª Coordenadoria de Desenvolvimento Social, responsável pelas ações na região. A SMDS diz que essas ações de acolhimento fazem parte de um trabalho processual e requer a adesão do usuário, que deve ser o protagonista da sua própria história. Cabe a Assistência Social oferecer ações contínuas e permanentes, que incluam encaminhamentos para a rede de acolhimento disponível. Nelas, as pessoas recebem cuidados básicos e acompanhamento técnico multiprofissional.   Apesar dos esforços da equipe da prefeitura, durante a operação que durou cerca de cinco horas, apenas um morador de rua aceitou ir para o abrigo.