Clínica da Família do Cocotá será no estacionamento ao lado das barcas

No dia sete de agosto os moradores que residem próximo ao Parque Poeta Manoel Bandeira, mais conhecido como Aterro do Cocotá, foram surpreendidos com um container colocado no meio do parquinho de brinquedos do Aterro do Cocotá. Uma placa avisava que naquele local seria construída uma nova Clínica da Família.    Indignados por não terem sido comunicados da intenção da prefeitura, e principalmente pela possível perda de parte do espaço dedicado ao lazer de muitas crianças, um grupo de moradores do Cocotá, liderados por Patrícia Salvador, Márcia Dias e Flávia Rabaço, iniciaram um movimento de orientação aos moradores da região para explicar o que estava prestes a acontecer. — Lamentavelmente informações importantes como esta não chegam às pessoas com facilidade. Então resolvemos informar boca a boca e também através de informativos impressos o que estava para acontecer no Parque Poeta Manoel Bandeira. Percebemos que as pessoas não sabiam da intenção da prefeitura em colocar a clínica dentro do perímetro do Parque — disse Flávia que em 15 dias conseguiu junto com as amigas recolher cerca de três mil assinaturas de insulanos contra a construção da nova clínica dentro do Aterro do Cocotá.  A reivindicação popular ganhou voz, sobretudo através das redes sociais e chegou até o Secretário Estadual de Transportes, Carlos Osório, que se reuniu no dia 28 de agosto com as lideranças regionais envolvidas no assunto, entre as quais o subprefeito Nelson Miraldi e o Coordenador de Hospitais da Rio Urbe, Ricardo Zegert.  Através de estudos e entendimentos que se estenderam até o prefeito Eduardo Paes e o Secretário de Governo Pedro Paulo, foi decidido que a unidade da Clínica da Família continuará no bairro do Cocotá, contudo, mudaria de lugar. A construção será no terreno onde atualmente funciona estacionamento para os carros dos passageiros das barcas, pertencente à Concessionária CCR-Barcas. A decisão atendeu o pleito dos moradores da região, liderados pelo grupo de mulheres que se mobilizou imediatamente após a colocação do container no Aterro. Assim, a comunidade continuará a ter à disposição um dos principais espaços de lazer ao ar livre da Ilha sem nenhum impacto ou perda de espaço.