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Pracinha sem acesso a cadeirantes

A insulana Consuelo Machado desde 2009 trabalha em uma campanha de inclusão e acessibilidade às crianças portadoras de necessidades especiais. Na pauta de suas reivindicações está à colocação de brinquedos adaptados nas praças públicas e, especialmente, um modelo de acesso que permita a entrada de cadeirantes com total facilidade nos parques públicos. É que muitas praças são cercadas e possuem portões com trancas para a segurança dos pequenos.


28/08/2015 - Edição 1743

Mesmo auxiliado pelos pais, Arthur não consegue entrar no parquinho. A cadeira é deixada fora da área de brinquedos enquanto ele brinca
Mesmo auxiliado pelos pais, Arthur não consegue entrar no parquinho. A cadeira é deixada fora da área de brinquedos enquanto ele brinca
A insulana Consuelo Machado desde 2009 trabalha em uma campanha de inclusão e acessibilidade às crianças portadoras de necessidades especiais. Na pauta de suas reivindicações está à colocação de brinquedos adaptados nas praças públicas e, especialmente, um modelo de acesso que permita a entrada de cadeirantes com total facilidade nos parques públicos. É que muitas praças são cercadas e possuem portões com trancas para a segurança dos pequenos. Consuelo é mãe de Arthur de 10 anos, menino portador de uma deficiência motora ainda não diagnosticada pela medicina. Segundo Consuelo seu filho possui uma hipotonia, uma baixa tonicidade muscular, fato que requer a utilização de uma cadeira de rodas para a melhor locomoção de Arthur. — Moro na Ribeira e sempre trago Arthur para brincar e interagir com as crianças. Mas fiquei extremamente decepcionada quando não consegui entrar na área do parquinho com a cadeira. Foi muito frustrante. Quando fizeram o parquinho não se preocuparam com os cadeirantes e portadores de necessidades especiais — diz a advogada, que também sugere adaptações nos brinquedos para permitir o uso por crianças especiais. “O balanço poderia ter um cinto de segurança e a gangorra uma cadeirinha com cinto adaptado. Sei que isso existe, basta boa vontade política para colocar essas adaptações”, disse Consuelo. De acordo com as normas estipuladas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, os acessos a cadeirantes devem ter entre 80 cm a um 120 cm de largura. A porta de entrada do parquinho da Praça Iaiá Garcia tem somente 67 cm largura que impede a passagem dos cadeirantes.  A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) disse que as praças da cidade são de responsabilidade da Fundação Parques e Jardins, e orienta que todo portão de entrada de praças devem ter no mínimo 80 cm de largura e sem degraus. A Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Público, órgão responsável pela instalação desses equipamentos e que fez o serviço errado da primeira vez, informou que necessita de uma ordem oficial para fazer as alterações no portão de entrada do parquinho da Praça Iaiá Garcia. Quem vai dar essa ordem?