Mercados buscam soluções para garantir o acesso de cadeirantes

Para dificultar o furto de carrinhos de compras, três mercados que funcionam na Ilha instalaram barras de ferro em suas principais entradas. Com o bloqueio, cidadãos com dificuldade de locomoção, têm seu acesso cerceado. Na edição da semana passada o Ilha Notícias denunciou o problema enfrentado por cadeirantes e clientes com carrinhos de bebês que tentam fazer compras no Extra, Prezunic e Mundial.  Cléber Ferreira de Amorim, 42, é cadeirante e queixou-se das barras de ferro. Ele disse que chegou a cair de sua cadeira quando tentou retirar uma das barras que estava presa com um cadeado. Leila Strzoda, diretora da Escola Municipal Especial Rotary Clube, trabalha com pessoas portadoras de necessidades especiais há 20 anos e diz que dar acesso ao cidadão especial é um direito determinado pela lei federal 10.098, mas, infelizmente essa lei ainda não é efetivamente respeitada. “Dar acesso ao portador de necessidades especiais é dar dignidade para a vida destas pessoas que também tem o direito de ir e vir”, disse Leila. Em face das denúncias publicadas no Ilha Notícias, sobre a dificuldade de acessibilidade, os mercados se pronunciaram através de suas assessorias de imprensa. O mercado Mundial disse em nota que “preza pelo conforto dos clientes, principalmente os que possuem carrinhos de bebê e pessoas com dificuldade de locomoção. As barras de ferro colocadas nos acessos do mercado tem a finalidade de evitar o furto de carrinhos. Entretanto, o Mundial já está revendo a situação na unidade Cacuia para implementar soluções que facilitem o acesso dos clientes” Na sua mensagem o hipermercado Extra disse que “trabalha de acordo com as orientações dos órgãos reguladores e tem rigoroso procedimento para auditar as instalações de suas lojas, incluindo as questões ligadas à acessibilidade. O estabelecimento está à disposição de seus clientes e pretende reavaliar a situação apontada pelo cliente”.  O Prezunic esclareceu que “utiliza barras de ferro removíveis na entrada de seus supermercados, mas vai reavaliar a medida. Em função do retorno obtido por clientes quanto à dificuldade em removê-las, buscará uma melhor solução para todos”.