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Bandido comanda golpes da cadeia

Policiais da 37ª DP chefiada pelo delegado José Otílio está desmantelando uma quadrilha de golpistas que atuam na Ilha. O estelionatário João Batista Brito e uma mulher foram presos em flagrante no último dia 30, pela equipe de Otílio, quando extorquiam dinheiro de uma funcionária pública, moradora da Ilha, que prefere não se identificar.


07/08/2015 - Edição 1740

Delegado José Otílio está à frente do caso
Delegado José Otílio está à frente do caso
Policiais da 37ª DP chefiada pelo delegado José Otílio está desmantelando uma quadrilha de golpistas que atuam na Ilha. O estelionatário João Batista Brito e uma mulher foram presos em flagrante no último dia 30, pela equipe de Otílio, quando extorquiam dinheiro de uma funcionária pública, moradora da Ilha, que prefere não se identificar.   De acordo com o delegado, o filho do estelionatário é o presidiário João Paulo dos Santos que cumpre pena na Cadeia Pública de São Gonçalo, local de onde ligava para as vítimas e aplicava o golpe do sequestro. As contas onde eram depositados os valores das extorsões pertenciam ao pai do preso e da mulher cujo nome a polícia mantem em sigilo, para não atrapalhar as investigações.   — Este golpe é muito conhecido. O bandido liga para as pessoas e diz que sequestrou alguém da família. A pessoa entra em desespero e atende as exigências do marginal — explica Otílio.   Na manhã de terça (29) João Paulo ligou da prisão e disse que estava com a filha da funcionária pública. Os bandidos pediram R$ 20 mil. A mulher ficou desesperada e depositou R$ 11.900 na conta do pai do presidiário. O bandido de dentro da cadeia insistiu que a vítima depositasse mais dinheiro e, só então, a vítima comunicou ao marido que fez contato com um amigo da família que é policial.     — Foi quando a fraude foi descoberta. O policial ligou para a filha do casal e constatou que ela estava bem — disse José Otílio. O caso foi registrado na delegacia da Ilha que iniciou investigação a partir da conta bancária onde o dinheiro foi depositado.    — Em dois dias chegamos ao João Batista. Após a prisão o estelionatário confessou que além dele existem outras pessoas envolvidas em cujas contas são depositados os valores das extorsões — disse o delegado, acrescentando que de maio a julho a conta bancária do pai do preso movimentou cerca de R$ 50 mil.   Segundo o delegado, investigações estão sendo realizadas para chegar aos outros membros da quadrilha. “Colocaremos todos na cadeia”, diz José Otílio, ressaltando que caso alguém ligue alegando ter sequestrado um familiar, a primeira coisa a fazer é ligar para este familiar e, caso constate que existe a possibilidade real de ser um sequestro, avisar imediatamente à polícia.