Dendê disputa a Taça das Favelas

O Projeto Rio em Forma, financiado pela prefeitura, cujo objetivo é estimular a prática esportiva dentro de comunidades carentes, é um sucesso. A atividade é coordenada por Marcelo Henrique Fernandes que tem 24 anos de experiência em desenvolver projetos sociais com crianças e adolescentes. — Independente de a prefeitura estar presente com o projeto Rio em Forma aqui na comunidade, eu sempre trabalhei com jovens daqui do Dendê. Meu intuito principal não é formar jogadores de futebol. Meu desafio é evitar que estas crianças sigam o caminho do crime. Quero formar cidadãos de bem, que sejam homens honestos e chefes de família honrados — diz Fernandes que teve em sua família três irmãos que descambaram para o crime e foram mortos.  Atualmente o projeto contempla 100 crianças na faixa etária de sete a 18 anos e a única exigência é que o assistido esteja estudando. “Costumo dizer aos meus alunos que, nós que somos pobres precisamos nos dedicar muito aos estudos. Temos que ser os melhores de nossas salas de aula”, ensina o professor de futebol.  Uma parte dos alunos de Marcelo, com idade entre 15 e 17 anos, está se preparando para um novo desafio. O Dendê está inscrito na Taça das Favelas, competição de futebol que tem o apoio das organizações Globo e que dá visibilidade aos atletas que dispõem de talento diferenciado para o futebol. — Os garotos estão focados e vamos com tudo para esta competição. É sem dúvida uma oportunidade excelente para eles — diz o treinador que gostaria de receber ajuda para seus alunos em forma de material esportivo como bolas, chuteiras, coletes e, se possível, um lanche nos treinos. “Tem criança que chega em casa e não tem uma refeição para fazer. Fico triste com isso e tento ajudar com o que posso. Outro dia um aluno disse que não teria condições de treinar porque estava fraco, pois não se alimentava há dois dias, isso partiu meu coração”, disse Marcelo (96457-3566), que não esconde a necessidade de apoio para esse projeto importante para a criançada do Dendê. Vamos ajudar?