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Faixa preta orienta ginástica no Cocotá

No Aterro do Cocotá, na quadra em frente à Igreja São Sebastião, o taxista Alessandro Pereira, 33 anos, morador do Cacuia e faixa preta em luta livre coordena um projeto gratuito de saúde. O grupo que hoje conta com cerca de 150 pessoas recebe instruções para executar exercícios físicos baseados no aquecimento dos atletas da luta livre. No início do projeto, que começou há cinco meses, participavam das atividades apenas cinco amigos, todos taxistas.


24/07/2015 - Edição 1738

Os lutadores Alessandro e Daniel a frente da equipe do projeto de combate ao sobrepeso
Os lutadores Alessandro e Daniel a frente da equipe do projeto de combate ao sobrepeso
No Aterro do Cocotá, na quadra em frente à Igreja São Sebastião, o taxista Alessandro Pereira, 33 anos, morador do Cacuia e faixa preta em luta livre coordena um projeto gratuito de saúde. O grupo que hoje conta com cerca de 150 pessoas recebe instruções para executar exercícios físicos baseados no aquecimento dos atletas da luta livre. No início do projeto, que começou há cinco meses, participavam das atividades apenas cinco amigos, todos taxistas. — Eu trabalho com a parte fitness da luta. São exercícios de alongamento e aquecimento sem carga, respeitando a capacidade física de cada indivíduo. O meu desejo é ajudar as pessoas que se sentem desconfortáveis com o excesso de peso. Sei que o sedentarismo leva a morte e eu passei perto dela. Atingi o peso de 140 quilos e tive a perda de um grande amigo de 29 anos que faleceu em virtude da obesidade. Daí em diante, senti necessidade de cuidar de mim e cuidar de quem estiver precisando de amparo para perder peso — diz Alessandro, que é conhecido nos tatames como Mutante. O professor conta com a colaboração de um dos seus alunos da luta livre que o ajuda na coordenação dos exercícios. Daniel Rodrigues está desde o início do projeto e comanda os treinos na ausência do professor. “As aulas acontecem diariamente de 7h às 9h, de segunda a sexta e, graças a Deus, estamos conseguindo ajudar muita gente a ter uma vida mais saudável”, comenta o colaborador Daniel. Após os treinos a equipe se reúne e agradece a Deus pela oportunidade de mais um dia de atividades físicas. O professor Alessandro deixa claro que o projeto não tem nenhum vínculo religioso. “Acho importante agradecer a Deus a oportunidade de estarmos cuidando da saúde. Aqui é um lugar que buscamos trabalhar a parte física, emocional e espiritual. Acredito que o ser humano que souber administrar essas três particularidades vive de forma saudável”, explica. A única exigência para participar das atividades é que o interessado traga um atestado médico liberando à prática de exercícios físicos. O grupo conta também com quatro enfermeiras que além de se exercitarem estão preparadas para prestar primeiros socorros caso haja necessidade.