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Mães dizem que escolas públicas não estão aptas a atender especiais

Mães com filhos portadores de Síndrome de Down estão se mobilizando na Ilha em busca dos direitos adquiridos das pessoas com necessidades especiais, sobretudo, na questão da educação inclusiva. Fato unânime entre as mães é a dificuldade das escolas públicas tanto do município, quanto do estado, no atendimento ao portador de necessidades especiais. De acordo com Juliana Passos, 30, universitária, mãe de Danilo de três anos, o sistema público de ensino não está preparado para atender a legislação que ampara os portadores de necessidades especiais, destacando a Síndrome de Down.


05/06/2015 - Edição 1731

Grupo de mães se une para cobrar a melhoria do ensino pública para portadores de necessidades especiais
Grupo de mães se une para cobrar a melhoria do ensino pública para portadores de necessidades especiais
Mães com filhos portadores de Síndrome de Down estão se mobilizando na Ilha em busca dos direitos adquiridos das pessoas com necessidades especiais, sobretudo, na questão da educação inclusiva. Fato unânime entre as mães é a dificuldade das escolas públicas tanto do município, quanto do estado, no atendimento ao portador de necessidades especiais. De acordo com Juliana Passos, 30, universitária, mãe de Danilo de três anos, o sistema público de ensino não está preparado para atender a legislação que ampara os portadores de necessidades especiais, destacando a Síndrome de Down.  — Inclusão sem qualidade, não é inclusão. Existe uma lei municipal de 1999 que assegura à criança com deficiência física, intelectual ou sensorial, prioridade de vaga em escolas da rede pública municipal. Mas isso não acontece de fato - diz Juliana, que destaca a falta de capacitação dos professores e a ausência dos mediadores que auxiliam as crianças especiais no aprendizado. O grupo de mães, todas insulanas, afirma que na Ilha não existe nenhuma escola da rede pública capacitada em atender os portadores de necessidades especiais da forma como deveria ser. De acordo com elas, a Escola Especial Rotary Clube é a única escola da rede de ensino público que se empenha em atender a demanda de crianças especiais. Entretanto, a escola não recebe recursos suficientes para pôr em prática o plano pedagógico determinado pela lei. “A escola Rotary merece todo nosso respeito em virtude de sua história com os portadores de deficiência, no entanto, a instituição passa por fragilidades financeiras enormes. Por essa razão, não atende as crianças com a qualidade que deveria ser, em especial, do ponto de vista pedagógico”, explicou Juliana Passos, que atua na liderança desse movimento de inclusão sócio educacional.