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Assaltos nos frescões viram rotina

Os insulanos que utilizam os ônibus executivos, conhecidos como frescões, estão apavorados. Assaltos estão ocorrendo com frequência quase diária e o relato das vítimas é sempre o mesmo. Homens com idade entre 20 e 30 anos embarcam no ponto em frente à Peixaria do Galeão e logo que o ônibus passa pela cabine da Polícia Militar perto da Base Aérea do Galeão eles anunciam o assalto.


15/05/2015 - Edição 1728

Os insulanos que utilizam os ônibus executivos, conhecidos como frescões, estão apavorados. Assaltos estão ocorrendo com frequência quase diária e o relato das vítimas é sempre o mesmo. Homens com idade entre 20 e 30 anos embarcam no ponto em frente à Peixaria do Galeão e logo que o ônibus passa pela cabine da Polícia Militar perto da Base Aérea do Galeão eles anunciam o assalto.   De acordo com um motorista da empresa Paranapuan que prefere não ser identificado, na sexta (8), por volta de 6h20 da manhã, elementos entraram no ônibus que ele conduzia e armados, inclusive com granadas, assaltaram todos os passageiros que iam para o Centro.   — Três homens subiram no ponto perto da Prefeitura da Aeronáutica e logo que passamos pela cabine da PM um deles colocou uma pistola em minha cabeça mandando seguir pela Avenida Brasil. Enquanto isso os outros dois recolhiam os pertences dos passageiros. Foi uma ação rápida e quando chegou ao ponto do Caracol, em Bonsucesso, eles desceram — disse o motorista.   O caso foi registrado na 37ª DP. Alguns passageiros não conseguem esquecer os momentos de tensão que viveram e dizem que agora saem de casa com muito medo. O universitário João Paulo, 20, estava no ônibus e disse que foram os minutos mais tensos que já viveu. “Tinha um cara que com uma granada na mão que ameaçava explodir o ônibus se não entregássemos nossos pertences, em especial, os celulares. Ele gritava que todos deveriam ficar de cabeças baixas” — disse o estudante de administração que no dia do assalto seguia para a faculdade.   De acordo com a polícia, os bandidos devem pertencer à organização criminosa Comando Vermelho e morar no Parque União e Nova Holanda, comunidades dominadas por essa mesma facção.   O comandante do 17º BPM, Tenente-Coronel Wagner Nunes, disse que  existe um levantamento da P2 (polícia reservada) para prender os marginais. “Temos fotos de todos os bandidos que estão cometendo esses assaltos nos ônibus e prendê-los é questão de tempo”, garantiu o comandante do batalhão de polícia da Ilha.