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Mobilidade urbana é um caos na Ilha

Os moradores da Ilha que dependem de transporte público vivem reclamando da baixa qualidade do serviço, sobretudo, os que utilizam os ônibus. Segundo os usuários são ônibus velhos, sucateados, sujos, com baratas, sempre cheios e quentes. Os protestos não param por aí. De acordo com Lorrayne dos Santos, moradora da Vila Joaniza e que trabalha no Centro é comum às conduções passarem lotadas, geralmente excedendo a capacidade limite permitida.


17/04/2015 - Edição 1724

As dificuldades começam na hora do embarque
As dificuldades começam na hora do embarque
Os moradores da Ilha que dependem de transporte público vivem reclamando da baixa qualidade do serviço, sobretudo, os que utilizam os ônibus. Segundo os usuários são ônibus velhos, sucateados, sujos, com baratas, sempre cheios e quentes. Os protestos não param por aí. De acordo com Lorrayne dos Santos, moradora da Vila Joaniza e que trabalha no Centro é comum às conduções passarem lotadas, geralmente excedendo a capacidade limite permitida.   — Eu uso os ônibus comuns que custam R$ 3,40 — estes ônibus chegam aqui no ponto em frente à Peixaria do Galeão muito cheios, chega ser desumano fazer isso com trabalhadores e estudantes. Não entendo por que não aumentam a frota que faz o trajeto Linha Vermelha? No período da manhã vejo muito mais ônibus indo pela Avenida Brasil e a maioria das pessoas que trabalham no Centro preferem ir pela Linha Vermelha, pois a viagem demora a metade do tempo — comenta a jovem, que diz não ter condições de pagar dez reais para andar nos frescões todos os dias.   Lorrayne também comentou que em dias de chuva a viagem é mais complicada. Segundo ela, os ônibus não têm ar condicionado e os passageiros fecham as janelas para não se molhar. “Fica um calor absurdo dentro do ônibus, tudo fechado e até chegarmos ao Centro demora pelo menos uma hora. É muito sofrimento”, explica à insulana.   Os ônibus são motivo de queixas, principalmente os da empresa Paranapuan. São reclamações que vão da falta de manutenção a falta de treinamento dos profissionais. Alguns moradores da região acabam migrando para outros transportes, onde acabam decepcionados porque o panorama também é caótico. As barcas estão sucateadas, não oferecem horários suficientes para atender a demanda e quase sempre dão defeito. O transporte de vans sofre com a falta de segurança, veículos piratas e a desqualificação da mão de obra que gera viagens inseguras. As bicicletas, que poderiam ser utilizadas no deslocamento interno, não garantem aos ciclistas nenhuma tranquilidade porque a maioria das ciclovias são estreitas e perigosas. Para a maioria da população a mobilidade urbana na Ilha é um caos.