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Paulo é o nosso jurado no carnaval

Este ano ele completa dez anos como membro do corpo de julgadores da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e há aproximadamente 20 anos é um estudioso da arte da dança. Paulo César Morato, 55, engenheiro atuante na área de petróleo e gás, casado e pai de um filho é morador da Ilha há 43 anos. Morato começou no mundo da dança como aluno apaixonado e após se aprofundar no tema virou especialista.


13/02/2015 - Edição 1715

Desde 2006, o engenheiro Paulo César participa do grupo de jurados da Liesa
Desde 2006, o engenheiro Paulo César participa do grupo de jurados da Liesa
Este ano ele completa dez anos como membro do corpo de julgadores da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e há aproximadamente 20 anos é um estudioso da arte da dança. Paulo César Morato, 55, engenheiro atuante na área de petróleo e gás, casado e pai de um filho é morador da Ilha há 43 anos. Morato começou no mundo da dança como aluno apaixonado e após se aprofundar no tema virou especialista.   É fácil notar que este insulano de fala mansa e pausada tem fortes ligações com as artes. Julgador do quesito Comissão de Frente, do Grupo Especial, o engenheiro também tem fascínio por quadros, inclusive têm em sua casa alguns pintados por ele. Mesmo completando uma década como julgador, Paulo César não se acomoda e diz que estudar o manual cedido pela Liesa é fator de grande importância para fazer o julgamento da forma mais técnica possível.   - A Liesa nos dá a diretriz do julgamento através do manual, porém não basta interpretar o que diz o manual. Acredito que um bom julgador de Comissão de Frente deve ter noções de construções coreográficas, teatrais, circenses, entender um pouco de cenografia, dança contemporânea, dança clássica, história da arte e história do carnaval – explica o experiente julgador. Com relação ao desfile, nosso jurado diz que a Liesa determina que os julgadores cheguem com duas horas de antecedência e após entrarem nas cabines de observação, que segundo Morato são confortáveis e climatizadas, eles têm o assessoramento de secretárias que lhes dão água, comida e todo suporte necessário para as nove horas de trabalho avaliando as escolas de samba.   De acordo com Paulo César, na hora que começa o desfile de uma escola de samba cada julgador se concentra exclusivamente em seu quesito e fica praticamente hipnotizado para não deixar passar nenhum detalhe relevante. A troca de ideias é nula, não existe considerações com os julgadores do mesmo quesito, até porque, em cada módulo de jurados, fica um julgador de cada quesito, e dessa forma, cada um cuida tão somente do seu assunto.   Morador do Village, Morato é enfático: “Considero a Ilha um dos melhores lugares do Rio de Janeiro para morar, sobretudo, pela tranquilidade que ainda encontramos. O único questionamento que tenho a fazer é com relação aos meios de transportes coletivos, principalmente as barcas. Utilizo muito este transporte e a população insulana ainda sofre porque são poucas embarcações e poucos os horários. Mas essas são questões pontuais relativamente fáceis de resolver com planejamento adequado. Fora isso, me sinto muito feliz em morar aqui”, diz o engenheiro, pintor, dançarino e julgador da Liesa, o insulano Paulo César Morato, cuja missão na Sapucaí, a cada ano, se torna mais difícil pelas requintadas apresentações artísticas e técnicas de evolução das Comissões de frente das escolas do Grupo Especial. Boa sorte!