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Casa do índio pede apoio para resistir

Na casa discreta na Rua Pires da Mota, bairro da Ribeira, existe um trabalho que poucas pessoas na Ilha do Governador conhecem. Lá é o endereço da Casa do Índio, e segundo sua gestora, a advogada Eunice Cariry, 79, é um lar que acolhe índios com problemas de saúde como as limitações de movimento, deficiências crônicas e congênitas. Atualmente 24 indígenas estão abrigados gratuitamente na Casa do Índio.


12/12/2014 - Edição 1706

Eunice Cariry: há 46 anos cuidando dos índios adoentados com amor, carinho e dedicação
Eunice Cariry: há 46 anos cuidando dos índios adoentados com amor, carinho e dedicação
Na casa discreta na Rua Pires da Mota, bairro da Ribeira, existe um trabalho que poucas pessoas na Ilha do Governador conhecem. Lá é o endereço da Casa do Índio, e segundo sua gestora, a advogada Eunice Cariry, 79, é um lar que acolhe índios com problemas de saúde como as limitações de movimento, deficiências crônicas e congênitas. Atualmente 24 indígenas estão abrigados gratuitamente na Casa do Índio.   A instituição é mantida através de doações e possui alguns parceiros que estão sempre colaborando, como o Rotary Guanabara-Galeão, o Lions Clube e escolas públicas e particulares da região. Mas, mesmo com as parcerias a Casa do Índio passa por momentos difíceis, sobretudo, na questão de pessoal para ajudar. Segundo Eunice Cariry, a instituição precisa de pelo menos três pessoas que pudessem colaborar com a administração da casa nos serviços de culinária, limpeza, conservação e, principalmente, ajudar no cuidado com os índios.   E Cariri é objetiva nas dificuldades: - Eu gostaria que algum empresário ajudasse contratando esses funcionários, eu já estou idosa e não tenho mais o vigor físico de outrora. Se não fosse necessário jamais cogitaria essa possibilidade, porque amo os índios e faço tudo que for possível para dar-lhes o mínimo de qualidade de vida que um ser humano merece, mas minhas forças estão se esgotando – lamenta dona Cariry.   A gestora acrescenta que há alguns anos vem sofrendo pressão da Secretaria de Saúde Indígena, atualmente chefiada por Antônio Alves. Ela diz que a ambição em tomar a casa dela, cujo destino pode ser a extinção. Esse fato atormenta seu trabalho. “Eles querem a casa! Tiraram um carro que servia como meio de socorro para os índios, alegando contenção de despesas! Mas não tem problema, eu tenho meu carro e utilizo-o quando temos necessidade!” Ressalta indignada.   A ouvidoria da Secretaria de Saúde Indígena disse ao Ilha Notícias que o órgão reconhece o bom trabalho de Carriry como gestora da Casa do Índio. Quanto ao veículo não souberam explicar porque não está sendo usado. Para colaborar ou saber mais sobre a Casa do Índio o interessado deve ligar para 2467-8008 e combinar com a Eunice Cariry.