Vítimas de drogas tem apoio nos NA

Em 1988 foi inaugurada a primeira unidade dos Narcóticos Anônimos (NA) na Ilha do Governador, na Igreja São José Operário.   Depois deste polo, a região da Ilha recebeu mais seis unidades localizadas nos bairros do Galeão, Moneró, Cocotá, Freguesia e duas unidades no Tauá.   O NA convencionou o conceito de ser uma irmandade sem fins lucrativos, de homens e mulheres que tiveram severos problemas com drogas ilícitas em geral. A entidade não é filiada a nenhuma outra organização, não possuem matrículas, nem pagam taxas e são categóricos em afirmar que, em nenhum momento, os membros do NA estão sob vigilância.   Anderson Silva de 40 anos (o nome fictício em virtude da exigência do anonimato), frequenta o NA, há 3 anos, 8 meses e 21 dias - como ele mesmo faz questão de destacar - coordena o Setor de Informações ao Público dos Núcleos da Ilha. Ele diz que o recém–chegado é sempre a pessoa mais importante das reuniões. “Acolher o ser humano que quer se libertar da dependência em drogas ilícitas é o primeiro passo para a recuperação”, garante.    — Qualquer pessoa pode buscar ajuda no NA, independente da idade, situação financeira, raça, orientação sexual, crença ou religião. Somos adictos em recuperação, nos reunimos regularmente para ajudarmos uns aos outros a nos mantermos limpos — explica Almir. Adicto é um termo utilizado dentro do NA que pode ser entendido como um conjunto de “doenças” relacionadas a desvios fisiológicos, psicológicos, familiares, comportamentais e morais; e o termo “limpo”, refere-se ao ato de não consumir drogas. Ao longo destes 26 anos na Ilha do Governador, o NA já recuperou e salvou centenas de vidas e famílias. Informações: 2533-5015 e 98546-9522, telefones conhecidos como Linhas de Ajuda.