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Mortandade de peixes é mistério

Há uma semana a população da Ilha está sofrendo com o mau cheiro que exala de toda orla da região. Inicialmente, levantou-se a suspeita que barcos pesqueiros estariam descartando no mar peixes sem valor comercial. Esses peixes seriam Savelhas, uma espécie de sardinha muito espinhosa que capturadas nas redes ficam exaustas, não resistem e morrem. Com a ação das marés acabam nas praias mais próximas.


07/11/2014 - Edição 1701

Centenas de peixes mortos e muito lixo na orla da Praia de São Bento
Centenas de peixes mortos e muito lixo na orla da Praia de São Bento
Há uma semana a população da Ilha está sofrendo com o mau cheiro que exala de toda orla da região. Inicialmente, levantou-se a suspeita que barcos pesqueiros estariam descartando no mar peixes sem valor comercial. Esses peixes seriam Savelhas, uma espécie de sardinha muito espinhosa que capturadas nas redes ficam exaustas, não resistem e morrem. Com a ação das marés acabam nas praias mais próximas.   Uma força tarefa vem sendo realizada com o apoio da Coordenadoria Integrada contra Crimes Ambientais da Secretaria de Estado e Ambiente e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente que estão abordando barcos pesqueiros para averiguarem se há de fato uma ligação da mortandade das Savelhas com a pesca predatória, mas nenhum barco foi autuado.    Em nota, o técnico do Inea Leonardo Daemon afirma que uma possível causa para o fenômeno pode ser a alta temperatura da água, uma vez que a Savelha é uma espécie sensível e, por isso, indicadora de algumas anormalidades na água. Durante a operação, os técnicos do Inea coletaram amostras de água em diferentes pontos da Baía para a realização de novos testes biológicos e químicos, os resultados deverão ficar prontos em uma semana.    As amostras da água e de peixes mortos serão encaminhadas para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para exames complementares. De acordo com o Inea, três coletas realizadas nas últimas três semanas não apontaram anormalidade nem alterações relacionadas à poluição, contaminação ou toxicidade que possam causar a morte de peixes. O órgão também não identificou, até o momento, a presença de algas tóxicas na água.   Para o chefe da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, Coronel José Maurício Padrone, a mortandade desse tipo de sardinhas se dá por causas naturais, devido a super população desta espécie na Baía de Guanabara. Enquanto a controvérsia não é esclarecida a população sofre com o mau cheiro das dezenas de toneladas de peixes mortos encontrados em quase toda orla da Ilha.