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Vila Olímpica está parada há um ano

Iniciada em 2011, a construção da Vila Olímpica na Estrada Rio Jequiá está com as obras paradas há um ano. Longe de parecer uma área de lazer e esportes, o mato alto surge no terreno que teve as janelas no muro, que fica junto à ciclovia, parcialmente cobertas desde a paralisação das obras. A estrutura inacabada frustra os moradores, especialmente da comunidade Nossa Senhora das Graças – Boogie Woogie, que esperavam com expectativa pela construção do complexo esportivo e de uma escola de ensino fundamental cujo investimento, segundo a prefeitura, é no valor de R$ 19 milhões. No terreno, que pertencia à Marinha, havia um campo muito usado pelos moradores da comunidade. No local, a escolinha de futebol com o professor Robinho tinha a participação de centenas de crianças. Grupos de pelada de jovens e veteranos também usavam o campo de futebol nos finais de semana. Era o lazer semanal de muitos moradores.


18/07/2014 - Edição 1685

Moradores do Boogie Woogie reclamam do abandono
Moradores do Boogie Woogie reclamam do abandono
Iniciada em 2011, a construção da Vila Olímpica na Estrada Rio Jequiá está com as obras paradas há um ano.  Longe de parecer uma área de lazer e esportes, o mato alto surge no terreno que teve as janelas no muro, que fica junto à ciclovia, parcialmente cobertas desde a paralisação das obras. A estrutura inacabada frustra os moradores, especialmente da comunidade Nossa Senhora das Graças – Boogie Woogie, que esperavam com expectativa pela construção do complexo esportivo e de uma escola de ensino fundamental cujo investimento, segundo a prefeitura, é no valor de R$ 19 milhões. No terreno, que pertencia à Marinha, havia um campo muito usado pelos moradores da comunidade. No local, a escolinha de futebol com o professor Robinho tinha a participação de centenas de crianças. Grupos de pelada de jovens e veteranos também usavam o campo de futebol nos finais de semana. Era o lazer semanal de muitos moradores.   – Ficamos sem espaço para a pelada, onde organizávamos campeonatos e era um local de lazer. Estamos indignados de ver o abandono da obra e preocupados com a possibilidade da Vila nunca ser inaugurada – se queixa Sidnei Andrade, que mora na comunidade há 10 anos. No início da construção há três anos, as obras chegaram a ficar paradas por quatro meses. A Vila Olímpica foi alvo de críticas por ambientalistas, pois o terreno de 26 mil m² faz parte da área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (Aparu do Jequiá). Na época a RioUrbe, órgão responsável pelas obras, disse que a prefeitura aguardava a emissão das licenças ambientais para tocar o projeto.  Nascido e criado no Boogie Woogie, Taison Ferreira, de 25 anos, trabalhou como operário nas obras e conta que a construção foi interrompida sem explicações. “De um dia para o outro, fomos avisados que as obras iriam parar. Acho que se não cobrarmos, nunca teremos a Vila Olímpica”, comentou. Apesar de não haver nenhuma movimentação no terreno, a RioUrbe informou ao Ilha Notícias que a previsão é de que a obra seja concluída até o final deste ano. Segundo o órgão, o projeto precisou passar por uma readequação para recuperação das margens do Rio Jequiá, que receberá plantio de mudas nativas. A próxima etapa será a construção da pista olímpica, diz o órgão, mas por enquanto, para tristeza dos moradores, as obras continuam paralisadas.