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Rodrigo Maia exige rigor nas denúncias da Petrobras

Na CPI da Petrobras, deputado diz que ex-presidente da estatal cometeu crime de prevaricação por não ter agido diante da constatação de parecer “falho”


03/07/2014 - Edição 1683

Rodrigo Maia quer ampliar as investigações com novos requerimentos
Rodrigo Maia quer ampliar as investigações com novos requerimentos

Na CPI da Petrobras, deputado diz que ex-presidente da estatal cometeu crime de prevaricação por não ter agido diante da constatação de parecer “falho”

Na última reunião da CPI mista da Petrobras, parlamentares ouviram o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. O convite foi feito através de requerimento apresentado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), membro do partido na CPMI.   Um dos primeiros parlamentares a falar na reunião, Rodrigo Maia questionou Gabrielli sobre as versões a respeito da compra da refinaria de Pasadena. A aquisição da refinaria representou um prejuízo de 873 milhões de dólares aos cofres públicos. Durante depoimento na CPMI que investiga irregularidades na estatal, José Sérgio Grabrielli admitiu que sabia da cláusula Put Option, que obrigou a empresa a adquirir os 50% de Pasadena pertencentes a Astra Oil, logo depois de dizer que não leu o resumo executivo com alertas sobre o item do contrato.   Rodrigo Maia afirmou que a consulta ao parecer jurídico significa cumprir o estatuto da estatal. O parlamentar acusou o ex- presidente da Petrobras de prevaricação por não ter agido diante da constatação de um parecer “falho” para a compra do empreendimento. Pelo documento, qualquer aquisição de ativo deve ser feito com base nesse parecer, além de relatório da diretoria colegiada. “Gabrielli comete crime de prevaricação ao afirmar que não tomou nenhuma atitude após saber que o conselho aprovou a compra de Pasadena sem tomar conhecimento do parecer jurídico. O estatuto da Petrobras não pode ser desrespeitado. Quem o faz deve arcar com as consequências”, disse Rodrigo.   Um acordo entre os parlamentares membros da CPMI da Petrobras possibilitou a aprovação do plano e de mais de 200 requerimentos que darão início aos trabalhos da comissão. Entre eles, importantes requisições apresentadas pelo deputado Rodrigo Maia, como a transferência do inteiro teor do processo que apura os fatos investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal.    — O mais importante, claro, é a transferência de todas as informações da Operação Lava Jato para a CPMI e com essa base de informações poderemos ampliar a investigação com outras quebras e convocações que serão necessárias — pontuou o deputado.   Também de autoria do deputado, foram aprovadas as convocações dos ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa; da presidente da estatal Graça Foster e do ex, José Sérgio Gabrielli; do doleiro Alberto Youssef; do ex-presidente da Petrobras América, José Orlando Melo de Azevedo (primo de Gabrielli); do presidente da Petrobras Energia na Argentina, Alberto da Fonseca Guimarães; do executivo da Astra Oil, Alberto Feilhaber; e do representante comercial da SBM Offshore no Brasil, Júlio Faerman.